quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Uma questão perfumada...

O tipo e a qualidade de apoio que uma sociedade dá às pessoas com deficiência é um espelho directo do grau de civilização e humanismo dessa sociedade.

“Reparei que pões perfume à tua filha.” A pergunta caiu assim, de repente, e a mãe da Vera ficou surpresa. “Porque não?”, retorquiu. “Não pões à tua?” As duas crianças, de dois anos de idade, estavam frente a frente, nos respectivos carrinhos de passeio, a Francisca agitando-se, rindo, fazendo caretas para a Vera. Esta, com paralisia cerebral, emitia sons e tentava libertar-se da cinta que a mantinha na posição de sentada.
“Sim, ponho, isso é um facto... mas a Francisca é normal, quer dizer, a Vera, como é assim, não deve dar muito por isso… foi por isso que achei original.”
A mãe da Vera disse, com um tom calmo: “Sabes que a Vera, por ser ‘assim’, como tu dizes, tem algumas funções muito desenvolvidas, como é o caso do olfacto. E pondo-lhe um perfume bom estará também protegida quando encontra pessoas rançosas e mentalmente malcheirosas. Percebes a ideia...”
E enquanto a conversa terminava logo ali, a Francisca despedia-se da Vera acenando-lhe um adeus e a Vera tentava sorrir, mesmo que com muita dificuldade.
Foi decidido! Hoje ninguém anda de óculos. É, leitor, quer ler o i, procurar um livro na sua livraria preferida ou até escolher um CD para ouvir em casa? Paciência. Queria ir ao banco e acabou no sapateiro… azar! E… cuidado com essas escadas. Ui! Deve ter doído, esse trambolhão. Não sabe onde está o seu carro? Nem sabe ler as matrículas? Ah! Já nem reconhece os seus filhos entre as várias crianças que estão na escola. Pois é… tudo isto porque hoje não o deixaram usar os seus óculos, você, um deficiente que sem a sua prótese ocular se transforma numa pessoa com handicap.
Agora imagine que este sonho (pesadelo, leia-se) é real para muitos e que estes ainda são desconsiderados pelos outros, que se julgam superiores na escala humana? 
Ainda não nos convencemos de que o caminho não é “integrar”, ou seja, dar umas benesses aos “pobres desgraçados”, mas construir uma sociedade e um meio ambiente onde todos possam estar. Todos temos deficiências, só que algumas são aceites e outras não. O que é injusto. O que não é decente. O que fere os valores fundamentais da humanidade!
Mesmo com enormes melhorias e avanços, há ainda que lutar para que as pessoas portadoras de deficiência, seja qual for o seu grau de handicap, vivam plenamente a cidadania. A variedade do tecido social é a sua maior “mais-valia”. Aliada a esta concepção do mundo está a questão da qualidade de vida e de como este conceito, associado aos conceitos de felicidade, auto-estima, respeito por si e pelos outros e participação, constitui os objectivos individuais e sociais, ao nível dos diversos ecossistemas, numa perspectiva solidária e complementar da sociedade. Uma sociedade onde todos possam, se quiserem, “usar perfume”, pesem ainda as muitas barreiras, obstáculos e dificuldades que se colocam no quotidiano da pessoa com deficiência e da sua família.
A sociedade é composta por diversas matizes e cada um de nós, mesmo vendo-nos a nós próprios como “sem deficiência”, temos também uma série de “fraquezas” e mesmo handicaps, os quais muitas vezes nos causam até maior impacte social e relacional do que as consideradas deficiências “tradicionais” – veja-se a timidez, por exemplo. A complementaridade do tecido social e a participação de todos na vida comum é a única maneira de potenciar toda a riqueza da espécie humana.
É por isso que a mãe da Vera lhe põe perfume, tal como a mãe da Francisca… todavia, na atitude preconceituosa da mãe da segunda é que reside a diferença conceptual e civilizacional.
Pediatra

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Dislexia: cartões para treinar reconhecimento de letras

Um material feito para praticar as letras maiúsculas e minúsculas, reconhecendo quais estão corretas. O desafio inclui letras espelhadas e rotacionadas. Esse tipo de exercício vai ajudar as pessoas com Dislexia.
Para fazer o download, clique abaixo:


Fonte: American Dyslexian Association, através de reab.me

Funchal vai ter a primeira praia do país para invisuais

SIC Notícias 15.08.2015


A cidade do Funchal, na Madeira, vai ser a primeira do país a ter uma praia adaptada a invisuais, um projeto saído do orçamento participativo da câmara que será criado na praia Formosa.


A partir da próxima semana, a praia Formosa vai "dispor de um dispositivo para pessoas com deficiências visuais ou invisuais, [que lhes permite] nadarem livremente, em total autonomia e em condições de segurança excelentes", explicou à Lusa o vereador Domingos Rodrigues.
Um dos grandes problemas que os cegos enfrentam quando querem nadar no mar é saberem onde estão e para que lado fica a costa, sendo difícil e até perigoso "aventurarem-se sozinhos".
Para que tal não aconteça, refere Domingos Rodrigues, foi adquirido um dispositivo inovador - já usado na Europa - e que "permite ao invisual entrar e sair da água autonomamente, bem como saber a sua localização na água através de uma pulseira que aciona um dispositivo sonoro localizado em boias flutuantes e em painéis".
Além das boias que delimitam a área onde é seguro nadar, os invisuais poderão usar uma pulseira que lhes permite saber "exatamente onde estão em relação às boias", criando "uma espécie de redoma estável e segura para nadarem livremente".
Estas pulseiras estão dotadas de botões que, quando pressionados, permitem saber a localização em relação a uma das três boias, além de terem um de emergência que, quando acionado, alerta um nadador salvador.
O processo de entrada e saída no mar faz-se através de um estrado em madeira, que também serve para ajudar as pessoas de mobilidade reduzida a chegar ao mar.
No início serão disponibilizadas cinco pulseiras que permitem a cinco invisuais usufruírem de uma ida à água, "podendo no futuro ser aumentado este número", reconhece Domingos Rodrigues.
No caminho a percorrer até ao mar, estão painéis informativos quer para os cegos, quer para o público em geral, com informação em português, inglês e em linguagem braille.
Este novo sistema, que conta com um custo de 50 mil euros, está integrado juntamente com o sistema de acesso ao mar de pessoas com mobilidade reduzida e cumpre os requisitos exigidos pelas recomendações internacionais, garantiu o vereador
Domingos Rodrigues acrescentou ainda que "a implementação deste dispositivo, já testado, e a inaugurar na próxima semana, deve-se ao facto de integrar os projetos vencedores do Orçamento Participativo de 2014 do município do Funchal, tendo sido o mais votado pelos munícipes".
Além da mais-valia que representa para os invisuais da região, a praia é, segundo sublinhou o vereador, importante para o turismo madeirense.
"Os turistas que nos visitam são, na sua maioria, séniores. Este é um contributo significativo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e de um turismo mais inclusivo", concluiu.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Número de alunos com necessidades especiais aumentou 73,5% em cinco anos

Em cinco anos, entre 2010/2011 e 2014/2015, o número de alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) a estudar em escolas regulares aumentou 73,5%, passando de 45.395 para 78.763, segundo revelam dados divulgados recentemente pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência.

Um aumento que já era esperado devido ao alargamento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos, mas que segundo o presidente da Associação Nacional de Docentes de Educação Especial, David Rodrigues, se deve também a um crescendo das “dificuldades sentidas pelos alunos face aos programas e metas curriculares mais exigentes” que têm sido adotados. 

“Há cada vez mais alunos que são diferentes do estudante padrão para os quais os programas e as metas são concebidos. E as escolas têm muitas dificuldades em encontrar outra resposta para eles que não seja o acompanhamento pela educação especial“, refere David Rodrigues.

João Adelino Santos, professor e autor do blogue Incluso, tem uma perspetiva diferente e fala antes de uma “maior consciencialização” quer por parte dos docentes, como dos pais, “que deixaram de encarar as necessidades educativas especiais ou a educação especial como um estigma para os seus educandos e passaram a reclamar os seus direitos”. “Os docentes estão mais sensibilizados para as dificuldades de aprendizagem decorrentes de aparentes limitações estruturais e funcionais e referenciam os alunos mais precocemente na tentativa de esbater as dificuldades de aprendizagem e, consequentemente, combater o insucesso escolar”, especifica.

Este professor chama também a atenção para o impacto do alargamento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos, lembrando que “antes da aplicação desta obrigatoriedade, uma fatia muito significativa dos alunos com necessidades educativas especiais abandonava o sistema educativo no final do 9.º ano de escolaridade”. O primeiro lote de alunos abrangido pela nova escolaridade obrigatória chegou ao ensino secundário em 2012/2013. Nesse ano o número de alunos com NEE neste nível de ensino (5426) quase duplicou em relação ao registado em 2010/2011 (2997). No ano passado tinha subido para 8978.

Sobre o aumento do número destes alunos, João Adelino Santos lembra ainda que os estudantes com NEE que prosseguiam estudos faziam-no habitualmente em escolas profissionais, dadas as suas “aparentes dificuldades de aprendizagem”. O facto de atualmente serem as escolas públicas que concentram grande parte da oferta de cursos profissionais “teve o efeito de manter esses alunos nestas escolas, ainda que na modalidade de ensino profissional. Ou seja, os alunos passaram a permanecer mais tempo e em maior número no sistema educativo regular e a serem considerados também para efeitos estatísticos”, acrescenta.

David Rodrigues alerta que se pode estar a caminho de “um sistema de ensino muito diferente, com os alunos que apresentem dificuldades a serem desviados precocemente para as vias profissionalizantes ou currículos alternativos, porque não existem os apoios que seriam necessários” nas escolas.

Considera-se que um aluno tem necessidades educativas especiais quando apresenta dificuldades no processo de aprendizagem e participação, devendo nestes casos ser apoiados pela educação especial. Há as chamadas NEE de caráter temporário, em que se incluem os alunos com problemas ligeiros de desenvolvimento ou de aprendizagem. E as permanentes, onde se incluem os alunos com deficiência mental, com problemas de cegueira e de surdez, entre outros.

Segundo os dados divulgados pela DGEEC, entre os alunos com NEE os dois grupos mais representados integram os que apresentam dificuldades na aquisição de competências e na execução de tarefas. Um aluno pode ter dificuldades em vários níveis em simultâneo. Em 2013/2014, último ano com esta informação, dos 63.657 alunos com NEE a estudar em escolas regulares, 60.498 estavam no primeiro grupo e 48.165 no segundo.

As medidas mais frequentes adotadas pela educação especial são o chamado “apoio pedagógico personalizado”, que no ano letivo passado abrangeu 70.182 alunos, e as “adequações no processo de avaliação”, destinadas a estudantes com NEE permanentes e que foi aplicada a 64.453.


Dos 78.763 estudantes identificados como tendo necessidades educativas, apenas 13.937 estavam abrangidos por currículos específicos individuais, a medida adotada para os casos mais severos, onde se substitui as competências definidas para cada nível de educação para as adaptar às características e necessidades de cada aluno. A medida menos aplicada foi a da adequação no processo e matrícula, através da qual os alunos com NEE permanentes têm condições especiais de acesso às escolas, podendo por exemplo frequentar estabelecimentos que não estejam na sua área de residência ou matricular-se por disciplina. Foi aplicada a 6752 alunos.

Fonte: Público

terça-feira, 18 de agosto de 2015

For The Birds - Animação

For The Birds é um filme de curta-metragem de animação produzido com computação gráfica pela Pixar Animation Studios em 2000.

Conta a história de um grupo de pássaros que se sentem incomodados com um pássaro de outra espécie, que quer juntar-se a eles. No final, os pequenos pássaros terão muito o que se arrepender por terem sido pouco recetivos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Teachers...


Fonte: English is Fun

“ZEBRA” – SER DIFERENTE TAMBÉM É BOM

Esta breve animação de pouco mais de 2 minutos é uma ótima dica de recurso para familias, professores, educadores e terapeutas para trabalhar as diferenças.
Simples, mas interessante para crianças e adultos, mostra que ser diferente também é bom e que todos podem aprender a aceitar e a lidar com as suas próprias singularidades (e também com as dos outros).

Assista abaixo:

Fonte: http://psicologiaacessivel.net/

Cartas com ações/rotinas diárias

domingo, 16 de agosto de 2015

Cientista português identifica recetor ligado a autismo e esquizofrenia

SOL, 14/08/2015
O cientista português António Pinto-Duarte é um dos autores de um estudo publicado esta semana que identifica um recetor que pode causar doenças como a esquizofrenia e o autismo.

O estudo é responsabilidade de um grupo misto de cientistas do Instituto Salk e do Departamento de Psiquiatria da Universidade da Califórnia e foi publicado na Molecular Psychiatry, considerada a melhor revista especializada na área da psiquiatria.

A investigação mostra como a perda de um recetor, chamado "mGluR5", numa classe específica de neurónios inibidores, pode estar relacionado com desordens a nível do desenvolvimento neural.

"Descobrimos que a perda de um recetor de glutamato, um dos principais neurotransmissores no cérebro, numa classe específica de neurónios conduz a perturbações significativas do desenvolvimento do sistema nervosa", explicou o cientista português (...).

Pinto-Duarte diz que "tais defeitos incluíam comportamentos repetitivos e problemas de socialização."

"Esta descoberta permitiu, também, reforçar a ideia de que a configuração da rede neuronal pode ser afetada no período pós-Natal, e não apenas durante a gravidez, confirmando a particular vulnerabilidade e suscetibilidade desse período", acrescentou.

O cientista garante que esta descoberta é relevante porque existe a possibilidade de reverter a estrutura molecular, permitindo explorar a possibilidade de novas terapias.

"É relevante, não apenas por identificar um novo alvo terapêutico, mas também por servir de motivação a estudos futuros que possam conduzir a que esse défice possa ser, eventualmente, compensado através de estratégias farmacológicas ou por terapia genética", garante.

Pinto-Duarte sublinha que serão necessários mais estudos para confirmar de forma contundente a ligação dos recetores, mas que "tal abriria portas a eliminar, ou pelo menos minimizar deficiências comportamentais que muitas vezes afetam de forma significativa a vida dos indivíduos e a sua normal integração na sociedade."

O investigador português é um dos três primeiros autores do estudo, que foi coordenado pelos autores Terrence Sejnowski e Margarita Beherens do Instituto Salk, e Athina Markou, da Universidade da Califórnia de San Diego.

Fonte: Sol

Alunos Especiais em turmas de 30 alunos

E o MEC nada tem a ver com a não aprovação das turmas feita durante o fim de semana passado.
CM, 15 de agosto de 2015
Fonte: Blog do Arlindo

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Esta vida dava um Livro. E deu, de Maria João (Vão)

O livro foi feito a pedido e Pilar quis muito romance.
Não desiludiu. Foi o primeiro de muitos
Pilar é uma miúda normal com Trissomia 21. A mãe de Pilar é uma mãe anormal que tem sete filhos e move mundos para conseguir mostrar que estes miúdos são capazes se lhes derem uma hipótese. Conseguiu adaptar um livro de amor para a filha ler e montar uma exposição à séria que mostra arte para lá dos riscos.
Maria João, Vão para os amigos, trabalhava na Thompson. Quando foi à entrevista de emprego e lhe fizeram a pergunta da praxe sobre onde se imaginava daí a dez anos não respondeu, como seria de esperar, uma grande publicitária. Em vez disso, disse que se via como mãe. Pouco tempo depois os colegas faziam uma festa de despedida e entregavam-lhe um cartaz com ela montada na moto – o seu meio de transporte –, com mochila e bebé às costas e já com um enorme barrigão. Estava grávida pela segunda vez e, agora, talvez estivesse mesmo na hora de mudar de vida.
Vão tem oito filhos, a começar por Pilar, com 20, e a acabar no João, com apenas quatro. Um, o Lourenço, já está no céu e vela por todos desde os três anos de idade. Era o terceiro e a maioria dos manos nem chegou a conhecê-lo, mas Vão acredita que tem mais este anjo-da-guarda com todas as forças. Tantas que todos lhe rezam uma oração sempre que há um pedido especial. E, já se sabe, há sempre muitos pedidos especiais, sobretudo na casa de uma família numerosa. Mais recentemente foi a vez de Pilar: “Oh, Ron, dá-me um namorado!”. Pilar, a primeira filha, nasceu com Trissomia 21, uma malformação genética que afecta cerca de 15 mil pessoas em Portugal.
(...)
Pilar trabalha há dois anos no Lar da Criança, onde teve aulas, como auxiliar de acção educativa. Vai e volta feliz da vida com o trabalho.
Para ler o artigo na íntegra, clique AQUI

Polícia algema duas crianças com hiperatividade


Agente está a ser processado por associação de defesa dos direitos civis.
Um agente da polícia do Kentucky, nos Estados Unidos, está a ser processado por algemar duas crianças – um menino de oito anos e menina de nove – numa escola. As crianças sofrem ambas de défice de atenção e de hiperatividade.  
O “castigo”, aplicado porque as crianças se comportaram mal, foi registado em vídeo. As imagens foram divulgadas por uma entidade pró-direitos civis. Mostram o agente a algemar um menino, enquanto ele chora. O mesmo teria já sido feito com a menina. 
O agente foi processado pela American Civil Liberties Union (ACLU). A associação argumenta que as crianças foram punidas por comportamentos relacionados com a doença de que padecem e sofreram dor e trauma decorrentes da ação do policial.


As imagens não são novas. Foram registradas no ano passado por uma pessoa não identificada, em Covington. 
O menino terá ficado algemado durante 15 minutos.

A ferramenta que faz os contos

A ferramenta que faz os contos
Sónia Marques Carvão
Edição de Autor (novembro 2013)

A ferramenta que faz os contos incide no movimento pedagógico, que tem como percursor Matthew Lipman, nomeadamente  a filosofia para crianças.
Este movimento, partindo de histórias, promove o sentido reflexivo e pensamento da criança que se interroga sobre o mundo. O objetivo não é responder às crianças, pelo contrário, é deixá-las questionar permanentemente. Questionando em conjunto, a criança reflete sobre o seu pensamento e o dos outros. A filosofia está em tudo o que nos rodeia, na contemplação, nas sensações, explorando permanentemente o pensamento e a curiosidade através da contemplação.Sónia Marques Carvão, com o título deste livro, remete para o instrumento de trabalho, pois utilizou já alguns dos contos na sua prática com crianças, num colégio em Cascais. A importância deste projeto editorial, permite através da palavra, lançar “a questão”. Um projeto de autor de quem acredita que se deve aproveitar o espanto permanente das crianças.Composto por sete contos, distribuídos por cerca de noventa páginas. (todos em edição bilingue; português e inglês) constitui-se “Um livro para todos e não só para crianças. Um livro que leva à reflexão de conceitos como o Belo, o Bom, a Ferramenta, o Amor, o Jogo, o Saber e Não Saber, bem como à reflexão de valores éticos, costumes e tradições, brincando” como é referido numa pequena nota na ficha técnica deste livro. Cada conto é acompanhado por ilustrações a preto e branco, de Catarina Morais que na sua simplicidade podem também elas, constituir ponto de partida para a reflexão dos temas abordados nos contos.Estas histórias podem ser usadas por professores e educadores com os seus alunos. Não tem limite de idade e possibilita desafiar a curiosidade das crianças, motivando-as para desafiar os seus pensamentos. Não se trata de dissecar o conto, erro crasso de muitas práticas pedagógicas, mas sim, deixar espontaneamente a criança questionar-se sobre as atitudes dos personagens, ou simplesmente um fio condutor, uma proposta ética, promotora da capacidade de cooperação e da relação com os outros. As conversas das crianças, normalmente, envolvem questões, que em muitos casos se assemelham às referidas por filósofos.A filosofia é uma proposta de liberdade onde não existem respostas finais, valoriza-se a escuta e a troca de pensamento. O conto é o ponto de partida para a motivação.Aqui fica a proposta.
Elvira Cristina Silva
in: Sugestão de leitura na Newsletter Pró-Inclusão nº 83 (março 2015 - 2ª quinzena) Associação dos Docentes de Educação Especia

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Atletas com deficiência dão 44 medalhas a Portugal nos Jogos Mundiais do Special Olympics

A competição decorreu ao longo de nove dias nos Estados Unidos e os atletas regressam a Portugal na segunda-feira. 


A comitiva portuguesa contou com 49 elementos. Os atletas nacionais competiram em nove modalidades e conquistaram 14 medalhas de ouro, 18 de prata e 12 de bronze. 
A atleta que mais se destacou foi Maria Taveira, de 14 anos, ao conquistar quatro medalhas nas competições de ginástica rítmica. Os Jogos Mundiais de verão do Special Olympics são uma iniciativa do movimento Special Olympics, que foi lançado há 50 anos por Eunice Kennedy.
O irmão do antigo presidente dos Estados Unidos John Kennedy teve esta iniciativa com o objetivo de dar apoio a pessoas portadoras de deficiências intelectuais. 
O Special Olympics só chegou a Portugal em 2001, sendo agora liderado por Dias Ferreira.

"Como Estrelas Na Terra" - Dislexia

O filme é indiano e conta a história de Ishaan Awasthi, um menino de 9 anos de idade que tem Dislexia e, incompreendido, repetiu o terceiro período na escola e está prestes a repetir novamente.
Nas palavras de Ishaan, “as letras dançam à sua frente”, por isso,  tem muita dificuldade em se concentrar nas aulas, algo que não é aceite pelo pai que, muito rígido, acredita que o baixo desempenho do filho na escola está relacionado com a falta de disciplina. Ele decide então levar Ishaan para um internato, onde a filosofia central é a de “disciplinar cavalos selvagens”, o que acaba fazendo com que o menino se sinta cada vez menos à vontade para aprender e para se desenvolver.
Além disso, o menino sofre muito com a distância da família, especialmente da mãe, que mal teve oportunidade de opinar na decisão do pai.

Um professor substituto de artes surge então no filme e, constatando as suas suspeitas acerca da Dislexia no garoto, passa a reunir esforços para despertar novamente em Ishaan a esperança e a vontade de aprender e superar os seus obstáculos.
A partir de então a história fica cada vez mais cativante!
É possível ver o filme completo (Legendado em Português) abaixo:


Fonte: http://psicologiaacessivel.net/