sexta-feira, 25 de março de 2016

Os desafios do autismo na idade adulta



Muito se fala de crianças autistas, mas a grande maioria já são adultos, que enfrentam a vida com várias limitações.

Bruno toca piano e faz teatro. Monólogos de dez minutos, "uma quantidade de texto que para qualquer um de nós seria dificílimo decorar", segundo a mãe, Felismina Viana. Também faz voluntariado, a verificar as datas de validade dos produtos doados e armazenados no banco alimentar. Não há número a ganhar bicho que lhe escape. E preocupa-se com os outros: "as validades são muito importantes, porque aquilo pode ser perigoso", diz numa cadência muito própria por via do síndrome de Asperger, que lhe foi diagnosticado em miúdo. Ainda mal falava mas já conhecia as marcas dos carros e as matrículas todas do bairro, além de ter uma tendência para o isolamento que alertou os pais para "qualquer coisa que não estava bem". Hoje Bruno tem 31 anos, um curso de informática, outro de teletrabalho, e apesar da prodigiosa memória e da capacidade de desempenho, nunca conseguiu arranjar trabalho. 
Em Portugal, aproximadamente uma em cada mil crianças nasce com uma perturbação do espetro do autismo. Destas, um quarto sofrem de um défice moderado, conhecido como autismo altamente funcional ou síndrome de Asperger, que se manifestará sobretudo numa desadequação comportamental e social. Irão estudar, poderão ir para a faculdade e especializar-se mas dificilmente terão a autonomia de um adulto. "As questões comportamentais hipotecam quase sempre as suas capacidades", reconhece Piedade Líbano Monteiro, diretora da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger e mãe de um jovem com uma perturbação do espetro do autismo de 21 anos.
(...)
Por Vanessa Fidalgo, in CM

Para ler o artigo na íntegra clique AQUI


O Governo vai criar um Grupo de Trabalho para melhorar o enquadramento legal da Educação Inclusiva


O Conselho de Ministros realizado no Dia Nacional do Estudante acolheu um pacote de medidas governativas que incidem sobre a Educação em todos os níveis de Ensino.
São cinco as medidas de política educativa nacional que o Conselho de Ministros adotou e que se inscrevem no quadro de concretização do Programa de Governo para a legislatura que cabe ao Ministério da Educação assegurar.
Educação inclusiva
4) Portugal subscreveu, e bem, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas em 13 de dezembro de 2006.
Embora tendo feito um notável percurso nesta área, importa assegurar o aperfeiçoamento e a dimensão estruturante da designada Educação Especial.
Assim, o Ministério da Educação, em parceria com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e com o Ministério da Saúde, cria um Grupo de Trabalho com a missão de melhorar o enquadramento legal da Educação Inclusiva, adequando-a às reais necessidades educativas especiais dos alunos.
5) Os alunos do ensino não superior vão ter o seu «suplemento ao diploma», que valorizará e certificará todas as atividades educacionalmente relevantes que o aluno realiza, em contexto escolar, sejam de formação para a cidadania, de artes ou desporto ou ainda a sua participação em órgãos de gestão e atividades de associativismo juvenil e estudantil.
A aposta numa escola pública com qualidade passa, pois, por reforçar o enriquecimento do currículo em todos os domínios, da dimensão pessoal e social ao mundo dos conhecimentos, de forma a garantir a inclusão e o progresso escolar dos alunos.
Veja AQUI as outras medidas e o comunicado oficial

segunda-feira, 21 de março de 2016

Jornadas Educativas "Pensar a Educação... 2016"

Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Paiva organiza, em parceria com o Centro de Formação EduFor e a colaboração da Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva, as Jornadas de Formação intituladas Jornadas Educativas "Pensar a Educação... 2016", a realizar nos dias 30 de abril e 7 de maio de 2016, no Auditório Municipal Carlos Paredes, em Vila Nova de Paiva.
A frequência das Jornadas, nas condições de acreditação, reveste a forma de um curso de formação (a aguardar acreditação junto do CCPFC) de 13 horas, e destina-se a Educadores de Infância, Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Educação Especial.

O período de inscrições decorre até 15/04/2016.
Para mais informações consultar a página de apoio às jornadas (aqui).
Para inscrições e informação adicional, ver EduFor.
INCLUSO

sábado, 19 de março de 2016

Subsídio de Educação Especial vai voltar a ser atribuído mediante avaliação médica

Governo vai revogar protocolo criado pelo Executivo anterior.
O Governo vai revogar o protocolo criado pelo anterior Executivo, que remetia essa competência para os agrupamentos escolares, o que provocou a exclusão de vários milhares de crianças e jovens dos apoios individuais de psicólogos e outros terapeutas.
A notícia foi avançada à Renascença pela deputada do PS Idália Serrão no programa “Em Nome da Lei”. O programa vai ser transmitido este sábado a partir do meio-dia.

A decisão do Governo vem na sequência de mais de meio milhar de sentenças judiciais, que declararam a ilegalidade da medida tomada pelo anterior Executivo.
IN RR

Como fazer uma lembrança para o Dia dos Pais – Passo a passo

Veja como fazer:

quarta-feira, 16 de março de 2016

"A Linguagem do Coração". Um filme emocionante na área da surdocegueira


Quem é capaz de, numa primeira troca de olhares, ver a alma de alguém? Mesmo que um animal selvagem - ou uma menina cega. Entre a irmã Marguerite e Marie foi apenas uma troca de sentidos, de duas mãos - o bastante pra mudar as suas vidas pra sempre. "A Linguagem do Coração" é um dos filmes mais belos que eu já vi. Mostra a história verídica de Marie Heurtin, cega e surda, e incapaz de se comunicar, e a amizade com a irmã Marguerite, que lhe ensinou a linguagem dos sinais. Além da belíssima trilha sonora de Sonia Wieder-Atherton e uma fotografia primorosa, o filme destaca a ótima atuação da jovem Ariana Rivoire. Uma curiosidade: a personagem - mostrada no filme como uma adolescente -, segundo a história, que aconteceu no fim do século 19, era uma menina de 10 anos. A atriz que interpreta Marie, Ariana Rivoire, também é surda e se comunica por sinais.

segunda-feira, 14 de março de 2016


Valor: 80 Euros

No próximo mês de abril, irá realizar-se, nas nossas instalações, a Formação: Dislexia - da Sintomatologia à Intervenção

Destinada a Psicólogos, Professores, Educadores, Terapeutas da Fala e outros profissionais de saúde e educação, terá a duração de 7 horas e realizar-se-á no dia 30 de abril.

O formador será o Professor Doutor Octávio Moura, psicólogo, investigador e revisor cientifico, docente e especialista nas áreas deDislexia e Dificuldades de Aprendizagem. (http://octaviomoura.com/)

A Formação é organizada pelo CAIPeD e a mesma realizar-se-á na Rua da Quinta, Lote 108, R/C - Fracção D, Aldeamento de Santa Clara, Leiria.

Caso necessitem de mais informações, não hesitem em contactar o:geral@caiped.pt

Como é ler com dislexia? Experimente e perceba melhor

Victor Widell queria perceber o nível de concentração necessário para ler quando se sofre de dislexia. "Uma amiga que tem dislexia descreveu-me o que sente quando está a ler", escreveu Widell. "Ela consegue ler, mas é preciso muita concentração e parece que as letras saltam de um lado para o outro". Estas são as frases com que Widell inicia o texto de uma demonstração de como é ler com dislexia.

A demonstração, que pode ser consultada aqui, foi criada pelo programador Victor Widell, que se apercebeu de que não seria muito difícil criar algumas linhas de código em JavaScript que baralhassem e voltassem a baralhar as letras das palavras numa página da Internet.


Widell optou por manter a primeira e última letra de cada palavra no seu lugar para não tornar a leitura totalmente impossível, tornando apenas necessário que se use muita concentração.

Com o código desenvolvido pelo programador Victor Widell, o jornal digital Quartz desenvolveu uma pequena aplicação de JavaScript que permite aplicar o "dislexificador" a qualquer página web. Basta arrastar a palavra "Dyslexia" nesta página para a barra de favoritos, e posteriormente clicar na hiperligação da barra de favoritos quando se estiver na página à qual se quer aplicar o código.

A dislexia é uma perturbação da aprendizagem que afeta a leitura e a escrita.

In DN Sociedade07 DE MARÇO DE 2016

domingo, 13 de março de 2016

Ação Curta Duração - O papel das emoções na mediação de conflitos - Tomar

Ficha de inscrição AQUI

GUIA PARA APLICAÇÃO DE CONDIÇÕES ESPECIAIS NA REALIZAÇÃO DE PROVAS E EXAMES


Foi publicado o GUIA PARA APLICAÇÃO DE CONDIÇÕES ESPECIAIS NA REALIZAÇÃO DE PROVAS E EXAMES - JNE 2016: Necessidades educativas especiais; Problemas de saúde; Incapacidades físicas temporárias.



In INCLUSO

Cérebro de autistas percebe movimentos mais rápido

Sensibilidade ajuda a explicar a irritação de pessoas com o transtorno em ambientes cheios e barulhentos.

Crianças autistas percebem movimentos duas vezes mais rápido do que crianças sem o transtorno. Essa foi a conclusão de um estudo publicado este mês no Journal of Neuroscience, importante publicação científica americana. A descoberta pode parecer estranha, mas ela dá pistas fundamentais para explicar alguns comportamentos típicos de autistas.
Segundo o cientista Duje Tadin, professor de ciências cognitivas na Universidade de Rochester e um dos autores do estudo, essa maior sensibilidade a movimentos pode justificar porque os autistas ficam tão incomodados com muito barulho ou claridade. Ela também pode estar associada a déficits comportamentais.
“Vemos o autismo como um distúrbio social porque crianças com essa condição geralmente têm dificuldade de interagir, mas, às vezes, deixamos de lado o fato de que tudo o que sabemos sobre o mundo, sabemos a partir de nossos sentidos. Se uma pessoa vê ou ouve de maneira diferente isso pode ter um efeito relevante na interação social”, afirmou Tadin em nota divulgada pela universidade.
Estudos anteriores já haviam mostrado uma maior sensibilidade de visão dos autistas, mas este é o primeiro a avaliar a percepção de movimento. O estudo contou com a participação de 20 crianças autistas e 26 crianças com o desenvolvimento normal. Os autores pediram que elas assistissem vídeos nos quais barras brancas e pretas se mexiam e indicassem para qual direção as barras estavam indo (esquerda ou direita).
Se a criança acertasse, o vídeo seguinte era mais curto, aumentando o grau de dificuldade. Se errasse, era mostrado um mais longo. Dessa maneira, os pesquisadores mediam a velocidade com que a criança era capaz de perceber a direção das barras. No caso dos vídeos com pouco contraste (pouca diferença entre barras brancas e pretas), os dois grupos de crianças tiveram desempenho similar. No entanto, com o contraste mais alto (diferença acentuada entre branco e preto) os autistas identificaram a direção duas vezes mais rápido que o grupo controle.
“Essa capacidade dramaticamente melhor de perceber movimentos é uma pista de que o cérebro de pessoas com autismo continua respondendo mais e mais conforme a intensidade aumenta”, explicou em nota Jennifer Foss-Feig, pesquisadora da Universidade de Yale, que também participou do estudo. Esse hiperestímulo também está ligado à epilepsia, um problema muito comum em crianças autistas – estima-se que cerca de um terço dos autistas também sofram de epilepsia. A resposta intensa aos estímulos no autismo também pode ser uma razão para a introspecção dos indivíduos.
In http://revistacrescer.globo.com/

quarta-feira, 9 de março de 2016

Pode um gato mudar a vida de uma menina autista?


 A amizade com o gato Thula fez Iris Grace expressar-se como nunca tinha acontecido antes. As pinturas da menina de seis anos com autismo severo já conquistaram vários coleccionadores de arte. Agora, a história deu origem a um livro.




Antes de ler este texto, o melhor é assistir ao vídeo acima, numa espécie de exercício de “ver para crer”. A história de amizade entre Iris Grace e o seu gato Thula tem tanto de enternecedora como de improvável. E depois de mudar a vida da menina de seis anos com autismo (e do gato) deu agora origem a um livro com pinturas, ilustrações, fotografias e pormenores da narrativa que já encantou o mundo.

Iris foi diagnosticada com autismo severo quando tinha apenas um ano de idade. Durante muito tempo, parecia viver num mundo isolado e só dela — quase não falava e raramente sorria. Os pais tentaram várias abordagens. Fez hipismo e não gostou, teve um cão como companhia e não reagiu. Um dia, em 2014, os pais decidiram adoptar um gato de raça Maine Coon e tudo mudou.

A empatia entre Iris e Thula foi imediata e a menina, já apaixonada por cavaletes e tintas, começou a comunicar como nunca tinha feito antes: “Eles sentam-se ao lado um do outro enquanto Iris pinta e novas portas de comunicação foram abertas, portas que achávamos estarem fechadas para sempre”, conta a mãe Arabella Carter-Johnson, fotógrafa e responsável pelo livro agora publicado e à venda na Amazon.

Thula está presente em todos os momentos da vida de Iris: o tempo da pintura, os passeios de bicicleta e de barco, o banho e até mergulhos na piscina. E ver Iris sorrir deixou de ser uma missão impossível. “Ela oferece companhia, amizade e ajuda-me a incentivar Iris a interagir”, explica a mãe ao site Bored Panda.

Os quadros coloridos da menina têm sido elogiados por vários colecionadores de arte do Reino Unido, onde ela vive, e vários foram mesmo comprados. E a ligação de Iris ao mundo proporcionada pela pintura é apenas uma das vantagens conseguidas: o exemplo, diz a mãe, pode ajudar a consciencializar mais pessoas para o autismo, uma doença que só no Reino Unido afectará cerca de 100 mil crianças. “Quando somos pais ou professores de meninos com autismo estamos constantemente a tentar encontrar a maneiras de interagir com elas e a chave para entrar no mundo deles”, relata ao site My Modern Met.

O caso despertou a atenção de órgãos de comunicação social um pouco por todo o mundo e o programa The One Show, da BBC, esteve recentemente na casa da menina britânica. 

O livro agora editado “não é a história de uma menina prodígio ou génio (apesar de a Iris ser quase de certeza as duas coisas)", lê-se na descrição do livro, "é a narrativa de como um vínculo impressionante entre um gato e uma criança salvou uma família”. Talvez as técnicas usadas por estes pais não resultem com outra criança, ressalvam, mas a mensagem sobre a diferença e o incentivo ("há sempre uma solução") podem ajudar muitas famílias.
In http://p3.publico.pt/

terça-feira, 8 de março de 2016

Tommy Hilfiger cria linha de roupa para crianças com incapacidades físicas

Linha “inclusiva” foi criada em parceria com a organização dedicada à moda inclusiva Runway of Dreams.

Para esta Primavera/Verão, a marca norte-americana Tommy Hilfiger tem duas colecções de roupa infantil praticamente iguais. Uma tem peças de roupa com botões e fechos normais, outra tem camisolas e calças com ímanes ou velcro, cós e comprimentos de mangas e calças ajustáveis – é a primeira colecção de designer com 22 peças adaptadas para rapazes e raparigas com incapacidades física.


“É incrivelmente inclusiva”, diz a designer Mindy Scheier, da organização Runway of Dreams, sobre a nova linha, ao site Today.com. “Torna o processo de se vestirem fácil. Ou, se uma criança não se consegue vestir sozinha, facilita o processo para os progenitores ou cuidadores”, atesta.
Scheier criou a Runway of Dreams em 2013 depois de tentar encontrar roupas “normais” para o filho Oliver, que sofre de distrofia muscular. Desde então pegou em várias peças de lojas norte-americanas, adaptou-as e começou a contactar marcas e designers de moda. “Se pensarem sobre isso, temos departamentos de roupa para pessoas pequenas, só com tamanhos grandes ou até roupa para animais. Mas não temos nada para esta comunidade. Penso que isso é o próximo passo natural. Vai ser o nosso novo normal”, acredita Scheier.
Num artigo para a revista Time, Scheier deixa um apelo: “É altura de a indústria se juntar e mudar. Ver este mercado como uma oportunidade entusiasmante de envolver novos compradores, mas mais importante do que isso, criar impacto”.

A colecção de Tommy Hilfiger inclui pólos, camisas, t-shirts, vestidos ejeans e está disponível na loja online desde terça-feira. Os preços variam entre os 18,50 e os 42,50 dólares (16,85 e os 38,70 euros), os mesmos da colecção infantil já existente.  
 Por Life&Style

segunda-feira, 7 de março de 2016

Indisciplina na escola...

Para quem ainda tem dúvidas, fica o cartoon...

Aplicação de condições especiais para a realização de provas e exames - por INCLUSO


O Gabinete do Secretário de Estado da Educação, pela publicação da Portaria n.º 61-A/2016, aprova o Regulamento do Júri Nacional de Exames e o Regulamento das Provas e dos Exames do Ensino Secundário.

Este normativo dedica a secção I do capítulo IV à aplicação de condições especiais para a realização de provas e exames aos alunos ao abrigo do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro. Deste articulado, destacam-se alguns aspetos, plasmados a seguir.

Realização de exames finais nacionais e provas de equivalência à frequência
Aos alunos que se encontrem ao abrigo do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, retificado pela Declaração de Retificação n.º 10/2008, de 7 de março, alterado pela Lei n.º 21/2008, de 12 de maio, pode ser autorizada a aplicação de condições especiais na realização dos exames finais nacionais e das provas de equivalência à frequência.

Os alunos que estiveram abrangidos pelo artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 3/2008 no ensino básico continuam o seu percurso educativo ao abrigo do mesmo artigo em processo de transição para a vida pós-escolar, não realizando exames finais nacionais nem provas de equivalência à frequência.

As condições especiais a aplicar na realização de exames nacionais e provas de equivalência à frequência são solicitadas pelo diretor da escola, sob proposta do diretor de turma/conselho de turma, através de plataforma eletrónica, e dependem da autorização do Presidente do JNE, a comunicar à escola até à data do início da 1.ª fase dos exames finais nacionais.

Os processos para requerer a aplicação de condições especiais integram, obrigatoriamente, cópias dos seguintes documentos: boletim de inscrição de exames, despacho de autorização de condições especiais de exame concedidas em anos anteriores, programa educativo individual, relatório médico ou de técnico de especialidade, requerimento de condições especiais assinado pelo encarregado de educação ou pelo aluno e confirmado pelo diretor de escola.

As condições especiais autorizadas pelo Presidente do JNE para a 1.ª fase dos exames finais nacionais e provas de equivalência à frequência são válidas para a 2.ª fase. 

Os alunos podem requerer a dispensa de prova oral ou prática se a sua incapacidade assim o exigir, sendo, neste caso, a classificação final da disciplina a obtida na componente escrita da prova ou exame. 

As pautas de chamada e de classificação não devem mencionar as necessidades educativas especiais do aluno. 

As provas de equivalência à frequência podem ser adaptadas, de acordo com as necessidades de cada aluno. 

A classificação dos exames a nível de escola é da responsabilidade do JNE, devendo os mesmos ser enviados ao respetivo agrupamento do JNE.

Exames para conclusão e para acesso ao ensino superior
Os alunos com cegueira ou baixa visão, surdez severa a profunda, incapacidades intelectuais, perturbação motora grave ou perturbação do espectro do autismo que apenas pretendam a conclusão e a certificação do ensino secundário podem optar por uma das seguintes alternativas: 
a) Realizar os exames finais nacionais nas disciplinas sujeitas a exame final nacional; 
b) Realizar exames a nível de escola, correspondentes à avaliação sumativa externa do seu plano de estudos. 

Os alunos que pretendam concluir o ensino secundário e prosseguir estudos no ensino superior podem optar por uma das seguintes alternativas: 
a) Realizar os exames finais nacionais nas disciplinas sujeitas a exame final nacional; 
b) Realizar os exames finais nacionais nas disciplinas que queiram eleger como provas de ingresso para candidatura ao ensino superior e exames a nível de escola nas restantes disciplinas sujeitas a exame final nacional.

Exames a nível de escola
Os alunos com cegueira ou baixa visão, surdez severa a profunda, incapacidades intelectuais, perturbação motora grave ou perturbação do espectro do autismo podem realizar exames a nível de escola nas disciplinas do seu plano de estudos, sujeitas a exame final nacional, caso necessitem de alterações nos instrumentos de avaliação ao nível da estrutura das provas e na tipologia e formulação dos itens, relativamente à prova caracterizada na Informação-Prova do IAVE, I. P. 

Os exames a nível de escola devem respeitar as adequações no processo de avaliação constantes do programa educativo individual de cada aluno, tendo como referência os conteúdos dos programas das disciplinas. 

Os exames a nível de escola são elaborados sob a orientação e responsabilidade do conselho pedagógico que aprova a sua estrutura, cotações e respetivos critérios de classificação, com observância do seguinte: 
a) Compete ao departamento curricular, em conjunto com o professor de educação especial, elaborar e propor ao conselho pedagógico a Informação-Exame a Nível de Escola de cada disciplina, cuja estrutura deve ter como referência a Informação-Prova elaborada pelo IAVE, I. P., para o respetivo exame final nacional, da qual devem constar os seguintes aspetos: objeto de avaliação, caracterização da prova, critérios gerais de classificação, material autorizado e duração;
b) Após a sua aprovação pelo conselho pedagógico, a Informação-Exame a Nível de Escola de cada disciplina deve ser divulgada junto dos alunos que realizam este tipo de prova, bem como dos respetivos encarregados de educação, até ao final da terceira semana de maio; 
c) Ao diretor de escola compete assegurar a constituição das equipas de elaboração dos exames a nível de escola, sendo constituída para cada disciplina uma equipa integrada por três professores, em que pelo menos um deles esteja a lecionar o programa da disciplina, e nomear um dos elementos como coordenador; 
d) Compete ao coordenador de cada equipa assegurar o cumprimento das orientações e decisões do conselho pedagógico; 
e) O enunciado da prova deve conter as respetivas cotações; 
f) Após a realização de cada prova pelos alunos, o enunciado e os respetivos critérios específicos de classificação devem ser afixados em lugar de estilo da escola. 

Os exames a nível de escola realizam-se, sempre que possível, nas datas estabelecidas no despacho que determina o calendário das provas e exames, e com a duração estabelecida para os correspondentes exames finais nacionais. 

Para efeito de melhoria de classificação do ensino secundário é válida a realização de exames a nível de escola, caso o aluno tenha obtido a aprovação da disciplina através desta tipologia de exames.

Alunos com dislexia
Pode ser aplicada a Ficha A, Apoio para classificação de provas e exames nos casos de dislexia, constante do Guia de Aplicação de Condições Especiais na Realização de Provas e Exames/JNE para efeitos de não penalização na classificação das provas e exames realizados pelos alunos com dislexia diagnosticada e confirmada até ao final do 2.º ciclo do ensino básico, desde que estejam abrangidos por medidas educativas estabelecidas no Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, designadamente adequações no processo de avaliação e ou tecnologias de apoio, constantes do programa educativo individual, e que se tenham mantido ao longo da sua escolaridade. 

Os alunos com dislexia realizam, obrigatoriamente, os exames finais nacionais, de acordo com o regime de avaliação aplicável, não podendo realizar exames a nível de escola.

O normativo dedica, ainda, uma secção aos alunos com problemas de saúde que não se encontram ao abrigo do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro.

Este apanhado não exclui a leitura cuidada do referido normativo.
Por INCLUSO

sexta-feira, 4 de março de 2016

Algarve recebe curso sobre comunicação aumentativa - Picture Exchange Communication System (PECS)

O primeiro curso de Picture Exchange Communication System (PECS) no Algarve, usado para ensinar rapidamente competências comunicativas a quem tem um discurso funcional limitado, vai decorrer no hotel D. Pedro, em Vilamoura, no concelho de Loulé, nos dias 1 e 2 de abril. 

Esta é uma excelente oportunidade para familiares e profissionais que trabalham com crianças, jovens e adultos com competências comunicativas limitadas, de adquirirem formação de qualidade numa modalidade comunicativa, com evidência científica, que poderá facilitar a comunicação de muitas pessoas algarvias. 

Ao fazê-lo estarão a juntar-se às cerca de 19.000 pessoas que participaram nesta formação durante o ano de 2015, por todo o mundo. 

O PECS é uma ferramenta comunicativa para todas as pessoas que têm limitações ao nível da comunicação – quer para as que não falam de todo, quer para as que conseguem articular algumas palavras mas são pouco compreensíveis ou insuficientes para as necessidades do dia a dia. 

Pode também ser muito útil para expandir o vocabulário e aumentar a complexidade da construção frásica. 

Apesar de o PECS ter sido desenvolvido inicialmente para crianças com autismo, tem demonstrado sucesso noutras perturbações que apresentam perturbações da comunicação, nomeadamente trissomia 21, paralisia cerebral, cri-du-chat, dispraxia e traumatismos cranianos, entre outras. 

É adequado para todas as faixas etárias e não se limita a um diagnóstico específico. 

O treino básico em PECS consiste num workshop de dois dias, com a duração de 13 horas, e é ministrado, em português, pela diretora clínica da Pyramid em Portugal, Carla Martins. 

Os formandos terão oportunidade de aprender a fundamentação teórica por trás do desenvolvimento do protocolo, visualizar muitos vídeos exemplificativos e praticar em grupo as competências adquiridas com imediato feedback corretivo. 

Os destinatários desta formação são os familiares de pessoas com perturbações da comunicação (com ausência total de discurso oral ou com problemas graves de articulação e utilização funcional da comunicação) e profissionais interessados na temática das mais diversas áreas, nomeadamente terapeutas da fala, educadores de infância, professores de educação especial, professores do ensino regular e terapeutas ocupacionais. 

No final do workshop, os formandos ficarão capazes de implementar o PECS com indivíduos com Autismo e outras PEA e/ou limitadas competências comunicativas.
In Diário Online, por INCUSO

PEDE - Prova Exploratória de Dislexia Específica


Uma das dificuldades de quem trabalha em educação especial assenta na necessidade em se dotar de testes específicos de avaliação, sobretudo aquando dos processos de referenciação. 
Neste sentido, partilho o PEDE - Prova Exploratória de Dislexia Específica”. 
Esta prova é constituída por duas partes apresentadas em duas folhas A4. A primeira parte é relativa ao “nível de leitura” e apresenta três níveis diferentes. A segunda parte refere-se aos “erros específicos”. As letras devem ter um tamanho mínimo de 3 milímetros e os “estímulos” devem estar separados por 1cm e meio, aproximadamente, devem ser apontados com o dedo e mediar um tempo máximo de 5 segundos, entre o estímulo e a resposta. A prova deve ser aplicada individualmente e em local calmo, de modo a evitar quaisquer estímulos distratores. Na sua correção contam-se as duas partes da prova de forma independente, sendo que, para apurar os resultados obtidos nos “níveis de leitura”, se contam os itens respondidos de forma correta, não podendo ultrapassar um total de 100 pontos. O resultado corresponde a um percentil calculado para o total (100%) dos indivíduos daquela idade. Para apurar os resultados dos “erros específicos”, decide-se uma pontuação. Optamos pela pontuação sugerida no protocolo de aplicação da prova (71 pontos), subtraindo-se os itens incorretos (71- x = y) e obtendo-se um valor que corresponde ao percentil previsto para a sua idade. (cf. Ana Costa)

Esta versão foi enviada por correio eletrónico. Fica o repto para, quem possa, partilhar mais documentos desta ou de outra natureza.
In INCLUSO

quinta-feira, 3 de março de 2016

Professor reserva 10 minutos de aula para elogiar e estimular alunos

Longe da lista de chamada ou de um novo conteúdo a ser apresentado aos alunos, professor decidiu começar as próprias aulas de forma distinta: elogiando e estimulando os estudantes.

Um dos professor da escola Mainspring Academy, na cidade de Jacksonville, Flórida, o norte-americano Chris Ulmer decidiu começar as próprias aulas de forma distinta. Longe da lista de chamada ou de um novo conteúdo a ser apresentado aos alunos, Ulmer reserva os 10 minutos iniciais da aula para elogiar e estimular os estudantes.

Eu gosto de ter você na minha classe. Eu acho que você é muito engraçado. Você é um grande jogador de futebol. Todos aqui amam você“, diz o professor em determinado momento do vídeo a um dos oito garotos com necessidades especiais que são atendidos pela escola.

Com a autorização dos pais das crianças, diariamente Ulmer publica em uma página no Facebook o vídeo da conversa com os alunos. O objetivo do professor é estimular o sentimento aceitação não apenas por parte dos alunos, mas de outros estudantes, membros da escola e pelas próprias famílias dos garotos.

Todos eles vieram de um ambiente de segregação. Agora eles estão participando de atividades escolares, interagindo na frente de centenas de outras crianças“, disse o professor em entrevista ao site da rede ABC. Além dos vídeos, no Facebook o professor disponibiliza grande parte dos trabalhos, músicas e apresentações dos alunos.

quarta-feira, 2 de março de 2016

7º Encontro na Diferença - Acção Acreditada 0.6 - Leiria


A CERCILEI  está a organizar o 7º Encontro na Diferença,  que irá decorrer nos dias 31 de Março1 e 2 de Abril de 2016, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria (ESTG),  com o tema "Cores da Vida – Vidas com cor...! 
Este ano, o encontro na Diferença inclui também WORKSHOPS, no dia 2 de Abril, que abordarão diversas temáticas como: dança; música; emoções; contos e yoga …

ACÇÃO ACREDITADA EM 0,6 E RELEVA PARA A ÁREA CIENTIFICO-DIDÁCTICA PARA TODOS OS DOCENTES DO BÁSICO, SECUNDÁRIO, EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA  E EDUCAÇÃO ESPECIAL 
(valor de 10€)

 Veja AQUI o programa e obtenha todas as informações adicionais