quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Óculos especiais ajudam rapaz daltónico a ver cores pela primeira vez

Jonathan Jones, de 12 anos, não sabia quão garridas podiam ser as cores à sua volta. Uns óculos especiais mudaram tudo.


Para o pequeno norte-americano Jonathan Jones, de 12 anos, as cores não têm a dimensão que têm para qualquer outra pessoa com uma boa visão. Mas uns óculos podem mudar tudo. O vídeo do momento em que o jovem daltónico experimentou estes óculos especiais pela primeira vez, enquanto estava na sala de aula, foi partilhado no Twitter pelo seu irmão, Ben Jones, e está a correr a internet. Jonathan emociona-se assim que coloca os óculos.

"O meu irmão mais novo é daltónico e o diretor da escola dele também. Enquanto aprendiam sobre daltonismo na aula, o diretor trouxe-lhe uns óculos que lhe permitiam ver cores pela primeira vez", relata o irmão do rapaz. "São todos teus", disse este mesmo diretor a Jonathan, entregando-lhe o par de lentes que mudariam a forma como vê o mundo para sempre. De repente, Jonathan torna-se capaz de olhar toda a sala em cores vivas. Não hesita em esboçar um sorriso, rapidamente substituído por lágrimas de alegria. "Ele ficou muito emocionado", acrescenta Ben Jones, no Twitter.

No vídeo, é possível ouvir várias pessoas dentro da sala de aula a pedir que olhe para diferentes objetos dentro da sala de aula. Entre eles, uma tabela periódica, pela qual Jonathan se mostra surpreendido, apercebendo-se da diversidade de cores que contém.

O daltonismo caracteriza-se como uma perturbação visual que torna a pessoa incapaz de diferenciar todas ou algumas cores. E podem ser vários tipos de daltonismo, desde a dificuldade em distinguir um determinado espetro de cores (como o vermelho e o verde) à completa cegueira para as cores - um tipo considerado raro.

Nos últimos anos, a ciência tem procurado dar resposta a esta patologia e é daqui que nascem os óculos de Jonathan. Em 2016, o cientista Don McPherson fez chegar aos EUA uns óculos que permitem distinguir todas as variedades de cores. A descoberta foi feita quase por acaso, quando McPherson estava a realizar uns testes com óculos para cirurgia a laser. Com esta ferramenta, os daltónicos tornam-se capazes de visualizar cores mais intensas e, por isso, de as distinguir. Mas o investigador não pensou no seu fim imediato, até um amigo daltónico o ter alertado que conseguia atingir visualmente muitas mais cores do que até então tinha atingido.

Entretanto, McPherson ganhou uma bolsa de investigação do National Institute of Health e co-fundou a EnChroma, em 2010, que agora produz estes óculos especiais. Mas não são funcionais para todos os tipos de daltonismo. Apenas 80% consegue tirar partido do efeito destes óculos.Mas o preço destes óculos pode chegar perto dos 400 euros. E, por isso mesmo, Jonathan não tem como os manter, diz a Fox News. Neste sentido, a mãe da criança criou uma página de crowdfunding de forma a ajudar a arrecadar dinheiro para conseguir comprá-los.

"Depois de publicar um vídeo nas redes sociais em que Jonathan vê cores pela primeira vez, ficamos impressionados com quantas pessoas generosas queriam ajudá-lo a conseguir um par de óculos para daltónicos", confessava a mãe de Jonathan. Quaisquer fundos adicionais que cheguem a esta conta seriam doados a uma fundação que comprar óculos para quem não puder pagar", contava Carole Walter Jones. O objetivo já foi alcançado, em mais de 6700 euros.

O sexo masculino é o mais afetado por esta patologia visual. Em média, um em cada 12 homens é afetado por esta doença genética, quando apenas uma em cada 200 tem dificuldade em diferenciar as cores.

Através de dn.pt
23/11/2019

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

A Inc-Ilusão e a Flexilhaçada

As escolas do País encontram-se atualmente completamente imersas em burocracia criada pelos inenarráveis despachos 54 e 55 de 2018. As vagas de papéis são autênticos tsunamis que tudo levam à frente, impedindo os professores de se dedicarem ao que de facto é importante: o processo de ensino aprendizagem.
A primeira vez que li o despacho 55/2018, em cada parágrafo não consegui evitar que na minha mente surgisse a palavra palhaçada… (e juntando à flexibilidade a palhaçada obtém-se Flexilhaçada!).
Fala-se muito em articulações, mas o próprio ministério da educação com todo o seu peso e gorduras não consegue fazer dois programas/competências essenciais articuladas. Basta verificar que a disciplina de Físico-Química necessita de funções exponenciais no 7.º ano, mas em matemática só são dadas no 8.º ano. No 9.º ano seria já necessário os alunos terem conhecimentos de trigonometria, mas esta só é lecionada a Matemática no 10.ºano. No 10.º ano, na Física, seria importante que os alunos tivessem já a noção do que é o círculo trigonométrico, mas só é dado em matemática no 11.º ano. No 11.º, na Química, os alunos tem de fazer operações com logaritmos que só são dados na Matemática do 12.º ano. Irra! Sobre a competência do ministério da educação a fazer articulações estamos conversados. Este ministério não faz o seu trabalho! Criam a confusão e a seguir exigem articulações entre as várias disciplinas às escolas.
Ler na íntegra Aqui - Blog ComRegras

domingo, 3 de novembro de 2019

Produtos de Apoio para Pessoas com Deficiência ou Incapacidade

Produtos de apoio são “qualquer produto (incluindo dispositivos, equipamento, instrumentos, tecnologia e software) especialmente produzido ou geralmente disponível, para prevenir, compensar, monitorizar, aliviar ou neutralizar as incapacidades, limitações das atividades e restrições na participação”.


Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio (SAPA)
O SAPA é um sistema que contribui para a realização de uma política global, integrada e transversal de resposta às pessoas com deficiência ou com incapacidade temporária, de forma a compensar e atenuar as limitações de atividade e restrições de participação decorrentes da deficiência ou incapacidade temporária através, designadamente:
  1. a) Da atribuição de forma gratuita e universal de produtos de apoio;
  2. b) Da gestão eficaz da sua atribuição mediante, designadamente, a simplificação de procedimentos exigidos pelas entidades e a implementação de um sistema informático centralizado;
  3. c) Do financiamento simplificado dos produtos de apoio.
Destinatários
São destinatários do financiamento os cidadãos com grau de incapacidade atestada, por Atestado Médico de Incapacidade Multiuso, igual ou superior a 60% ou pensionistas com complemento por dependência de 1º ou 2º grau. (Decreto-Lei n.º 93/2009, de 16 de abril).
Financiamento 
O financiamento é de 100% quando o produto de apoio não consta das tabelas de reembolsos dos subsistemas de saúde, ou ainda, quando é coberta por companhia seguradora, o financiamento é do montante correspondente à diferença entre o custo do produto de apoio e o valor da respetiva comparticipação.
Anualmente é publicado um despacho conjunto dos ministérios da saúde e da solidariedade e segurança social que define uma verba global pata a atribuição e financiamento de produtos de apoio.
Posteriormente é publicado, um despacho regulamentar do Instituto Nacional para a Reabilitação, I. P., onde são publicadas as normas reguladoras, nomeadamente a definição de procedimentos das entidades prescritoras e financiadoras, bem como os instrumentos que serão utilizados como a lista homologada dos produtos de apoio a financiar.
Prescrição de produtos de apoio
As entidades prescritoras, encontram-se hierarquizadas por níveis, do seguinte modo:
PA/AT de Nível 1 – Centros de Saúde e Hospitais de Nível 1;
PA/AT de Nível 2 – Hospitais de Nível 1 plataforma B e Hospitais Distritais;
PA/AT de Nível 3 – Hospitais Distritais plataforma A, Hospitais Centrais, Centros Especializados com equipa de reabilitação constituída por médico e pessoal técnico especializado de acordo com a tipologia da deficiência.
A prescrição de produtos de apoio é efetuada através da Base de Dados de Registo do SAPA (BDR-SAPA), trata-se de uma plataforma de aceso on-line, de utilização transversal às várias entidades intervenientes no sistema.
Lista homologada de produtos de apoio
Apenas podem ser objeto de financiamento os que constam da lista homologada.
Para mais informações:
Legislação:
Através de Blog De Arlindo

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Alunos com necessidades especiais impedidos de ir à escola por falta de funcionários

Falta de funcionários e professores obriga escolas a funcionar de forma rotativa e alunos do 1º ciclo a ter aulas só da parte da manhã 

Escolas a funcionar de forma rotativa, alunos do 1.º ciclo com aulas só de manhã ou crianças com necessidades especiais impedidas de ir às aulas são algumas das consequências da falta de funcionários e professores.

Os casos confirmados pela Lusa foram esta sexta-feira denunciados pela Fenprof e vão constar de uma plataforma ‘online’ que a federação sindical vai criar para receber queixas de professores, assistentes, pais, alunos e cidadãos em geral.
Fonte: TVI24
Leia AQUI a notícia na íntegra

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

SeguraNet Episódio 6 Ciberbullying (Português)

Seminário PHDA e Educação Inclusiva - CHTondela-Viseu


Saiba mais AQUI

Vídeo explicando o autismo. Simplesmente lindo!

Jovem cria projeto 'Tecla 3' para ajudar deficientes

Assume-se sem complexos como ‘Tecla 3’. O nome que na juventude foi usado por outros como forma de chacota é agora uma ferramenta que Pedro Teixeira arranjou para facilitar a vida das pessoas portadoras de deficiência.

A mais recente inovação é a página web - www.tecla3.pt - que reúne informação útil e numa linguagem simples os direitos dos deficientes.

"A informação que recolhi já existe em outras plataformas. Mas a maioria é de difícil acesso e está numa linguagem complicada. No site, pretendo, por exemplo, mostrar melhores acessos aos serviços públicos, formas de preencher atestados médicos e demonstrar como se usam alguns acessórios adaptados", explicou o jovem de Viseu, que sofre de paralisia cerebral.

A primeira vez que Pedro, ou ‘Tecla 3’, se aventurou no mundo digital foi há um ano. Criou um canal no YouTube em que conta episódios da sua vida e mostra como utilizar acessórios adaptados para diferentes deficiências.

"Os meus vídeos preferidos são aqueles em que abro caixas de produtos adaptados e que depois explico a sua função. Há ferramentas que podem fazer toda a diferença na vida de um cidadão deficiente", diz Pedro Teixeira, licenciado em Artes Plásticas e Multimédia.
Por Tiago Virgílio Pereira, cm

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Crianças e jovens com Diabetes Mellitus tipo 1 na Escola - Enquadramento legal

A Escola é o espaço onde por excelência, em grupo ou individualmente, as crianças e os jovens
aprendem a gerir eficazmente a sua saúde e a agir sobre os fatores que a influenciam.

A 18 de setembro de 2019 sob a responsabilidade dos Gabinetes do Ministro da Educação e da Ministra da Saúde foi aprovado o regulamento de enquadramento do apoio às crianças e jovens com Diabetes Mellitus tipo 1 na Escola, sendo publicado através do Despacho n.º 8297-C/2019.
Descarregue AQUI


A Direção-Geral da Saúde (DGS) apresentou no mesmo dia, o Manual de apoio à formação sobre crianças e jovens com Diabetes Mellitus tipo 1
Este documento pretende ser uma ferramenta facilitadora para todos os profissionais da área da educação e da saúde, e em simultâneo, transmitir tranquilidade às crianças e jovens, às suas famílias e à comunidade escolar.

Descarregue AQUI

Veja também o Manual Resumido para Profissionais de Saúde e de Educação:

Descarregue AQUI

Modelo de PSI:

Descarregue AQUI

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de Julho: um ano passado, um ano perdido?

As ambiguidades contidas no diploma parecem actuar como um travão ao sucesso educativo dos alunos com NEE.

Em primeiro lugar, gostaria de esclarecer que este artigo não pretende tratar um conjunto de argumentos contra a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais (NEE) nas escolas regulares e, muito menos, contra a sua exclusão dessas mesmas escolas. Pretende, sim, apresentar alguns considerandos com base na minha apreciação do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de Julho, passado que foi um ano da sua entrada em vigor. Graves, direi, por subestimarem os direitos dos alunos com NEE. Por lançarem uma confusão generalizada no que respeita a conceitos (de inclusão, por exemplo). Por discriminarem contra a maioria dos alunos com NEE (à excepção de alunos com problemas sensoriais), desconsiderando a categorização. Por fazerem apelo a processos ineficazes de atendimento às necessidades dos alunos com NEE (ver DL 54/2018, Capítulo II). Por criarem centros de apoio à aprendizagem cujo objectivo é nebuloso (ver Artigo 13.º). Pela falta de preparação (e de tempo) de muitos professores para cumprirem o que lhes é solicitado com base no preceituado no Decreto-Lei. Pelo financiamento exíguo que impede o bom funcionamento das escolas no que concerne à construção de respostas educativas eficazes para os alunos com NEE (e, com certeza, para todos os alunos). Enfim, pelo preconizado no Decreto-Lei negligenciar, na generalidade, a educação de crianças e adolescentes com NEE ao ponto de poder vir a comprometer o seu futuro.

Começo pelo conceito de inclusão que parece não ter sido bem entendido pelos mentores do Decreto-Lei (leia-se, Ministério da Educação). Compreender o conceito de Inclusão não é fácil, pois ele é, na maioria dos casos, vagamente definido ou nem sequer o é (caso do Decreto-Lei). Para compreendermos o significado de inclusão (educacional, neste caso), é preciso que compreendamos o conceito de diversidade, ou seja, que compreendamos as diferenças intrínsecas ao conceito de diversidade. Assim, ao falarmos de inclusão educacional estamo-nos a referir a um tipo específico de diversidade que deve receber uma atenção “especial” por parte de professores e de outros agentes educativos nos vários contextos escolares onde os alunos com NEE se movem. Contudo, o ME parece não ter percebido a noção de que não se deve comparar diversidade de capacidades e necessidades, neste caso relacionadas com a educação, com a diversidade que se prende, por exemplo, com a altura dos seres humanos, a cor da pele, a religião e a nacionalidade. Ou seja, no caso do preceituado no DL 54/2018, os seus mentores, defensores da inclusão total, fazem-nos crer que todas as diversidades exigem a mesma resposta, cometendo o erro de não entender que, em educação, há uma muito maior variabilidade ou diversidade entre as necessidades educacionais dos alunos com NEE. Que a diversidade que diz respeito à inclusão educacional destes alunos, particularmente dos alunos com NEE significativas, exige também uma “diversidade” de práticas educacionais, tantas vezes em contextos educacionais distintos, sendo o contexto de sala de aula (classe regular) o desejável.

In O Público
Artigo na íntegra AQUI

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Regime Especial de Protecção para Menores com Doença Oncológica



Leis que defendem e acautelam os seus direitos.

Este regime compreende a protecção na parentalidade, a comparticipação nas deslocações para tratamentos, o apoio especial educativo e o apoio psicológico.

 Lei 71/2009 de 6 de agosto regulamentada pela portaria n.º 350-A/2017 de 14 de novembro devido a doença do foro oncológico. 

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

“QUEM DORME MAL, PENSA MAL, TRABALHA MAL, DECIDE MAL, VIVE MAL”

Teresa Paiva deu uma entrevista ao número de março de 2019 da revista Visão Saúde, nas bancas desde o início do mês. A entrevista tem como título  “quem dorme mal, pensa mal, trabalha mal, decide mal, vive mal”
A neurologista e especialista em medicina do sono, directora do Centro de Electroencefalografia e Neurofisiologia Clínica, referiu, por exemplo, sobre a importância do sono na capacidade e bem-estar das pessoas: 
“Está provado cientificamente que o sono é bom conselheiro no aspecto cognitivo e emocional”.
“Se aprendemos qualquer coisa e dormimos a seguir, há uma taxa de melhoria de aprendizagem. E durante o sono há uma reorganização da informação do dia a dia que leva a uma melhoria cognitiva, pois grande parte de memórias desnecessárias é deitada fora. As essenciais são guardadas e organizadas”, acrescentou.
E sobre as consequências de um mau sono disse Teresa Paiva :
“Dormir pouco é um risco social porque aumenta a violência, as más decisões, o número de doenças e de acidentes, aumenta a mortalidade precoce”.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Autismo, Dislexia, PHDA, Tourett, outras



Descrições das condições e algumas características e sintomas na infância e adolescência. 

Obs.: São condições que se podem apresentar de forma distintas, ou coexistirem juntas.

                                                                    Veja AQUI

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Revista Autismo - Nas bancas, personagem autista André é capa da revista da Turma da Mônica de julho


Educar as crianças para valores: 10 curtas-metragens que podem ajudá-lo

Educar em valores vai muito além de transmitir boas maneiras às crianças. Também é importante ensiná-las a distinguir boas e más atitudes e ajudá-las a desenvolver a sua consciência moral. Obviamente, não é uma tarefa fácil, porque não é necessário apenas inculcar certos valores, mas também promover uma atitude crítica. Nesse sentido, o cinema, e especialmente as curta-metragens animados, podem tornar-se um excelente ponto de partida para as crianças refletirem sobre valores e a sua importância.

10 curtas-metragens para educar as crianças sobre valores:


Veja tudo AQUI
In Pensar Contemporâneo

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Muito obrigado, Senhores Professores! – Eduardo Sá

Por terem pegado os nossos filhos pela mão e os fazerem crescer um pouco mais, todos os dias.
Só os jovens são capazes de insistir em se espantar. Em pegar nalguma coisa que já conhecem e a desmanchá-la, a agitá-la e a virá-la do avesso até que fique, enfim, mais familiar, mais amigável e, até, mais simples. E, no entanto, há pessoas crescidas que não deixam, insistentemente, de o fazer. Assim serão os professores. Quando repensam aquilo que sabem e o repartem. Quando pegam os nossos filhos e os levam, pela mão, das dúvidas que eles ainda nem sequer imaginaram até a um planalto (e a mais outro) de onde se vê mais longe, com mais claridade, e mais além. Talvez seja por isso que, bem vistas as coisas, só os professores sejam capazes de nunca deixar de ser jovens.
É verdade que é estranho que se consiga ser jovem quando todos ficamos com a sensação de que a escola, ao contrário da paixão dum professor, promove, sobretudo, o burburinho. Na cabeça, claro. Uma espécie de “hora de ponta” quase permanente, com um tráfego de conhecimentos amigo da bulimia que gera, todos os dias, estados parecidos a congestionamentos ou a engarrafamentos dentro de quem aprende. Vendo bem, fornecer conhecimentos ou convidar a consumi-los e a conhecê-los não é, de todo a mesma coisa. E um professor sabe-o, aliás, melhor que mais ninguém. Aliás, os professores – porque são jovens, por dentro – sabem que não há como conhecer seja o que for sem que, mutuamente, nos ousemos a dar a conhecer. Mas, raramente, a escola dá o tempo que quem aprende precisa de ter para aprender. E menos, ainda, dá o melhor daquilo que a escola tem para oferecer: os professores.
Ser-se professor não é bem uma profissão; é um estado de espírito. Ser professor é ser perguntador. E provocador (amigo da voz, portanto). E agitador de todos os sossegos. E desafiador. “Incomodador”. E encantador, enfim. Talvez a função mais preciosa dum professor seja desafogar. Abrir trilhos e atalhar. Desconcertar. Desarrumar. Regenerar. E repensar. Um professor é um repensador. E é por isso, sobretudo, que só os professores são capazes de nunca deixar de ser jovens.
Ao chegarmos ao fim de um ano lectivo, nunca é demais agradecermos a todos os professores que pegaram os nossos filhos pela mão e os levaram a crescer um pouco mais, todos os dias. Num mundo em que os “fazedores de opinião”, os “mentores”, os “influenciadores” e os “seguidores “ se multiplicam, todos os dias, existirem, simplesmente, professores devolve-nos – com aquilo que eles dão aos nossos filhos – à esperança de todos termos o direito às cavalitas. O direito que quem nos ama nos confere quando, depois de nos passar dos seus olhos para o seu colo, nos eleva até aos seus ombros. E nos encaminha a ver mais alto que o olhar de quem nos dá o mundo a ver. Só possível quando alguém nos coloca sobre os seus ombros e nos leva, com bondade, a espreitar, aconchegadamente, tudo aquilo que nos falta enxergar para vermos mais longe.
Muito obrigado, senhores professores!
Através de Comregras

Apontamentos sobre o facilitismo - João Costa


Não é justo que a escola, que é a única esperança de mobilidade social para muitos, em vez de eliminar as assimetrias sociais à entrada, as reproduza ou, por vezes, as acentue.

Leia AQUI

sábado, 30 de março de 2019

Turma quer dar cadeira de rodas a colega

Bárbara, de 17 anos, tem síndrome que a impede de caminhar


Bárbara Guerreiro tem 17 anos e desde criança depende de uma cadeira de rodas para se poder movimentar. O síndrome artrogripótico com que nasceu impede a jovem de Braga de andar, de escrever e até de comer sozinha.


"Tive de dar a volta à doença e aprendi a escrever com a boca e a usar a força do tronco para levar a comida à boca", explicou Bárbara.

A cadeira de rodas tem sido uma grande aliada, mas está obsoleta. 

Pode agora ter os dias contados, graças à iniciativa dos colegas do 9º ano da escola EB 2,3 de Lamaçães, que, no âmbito da disciplina de Educação Moral Religiosa e Católica, se mobilizaram para angariar os quase 13 mil euros que custa a nova cadeira. 

Este domingo, há uma caminhada solidária que sai da Praça da República, em Braga, às 09h30.
Cm Sociedade

terça-feira, 26 de março de 2019

Ideias para a Páscoa... Difícil vai ser escolher....


Veja AQUI - Ecoficina de arte sucata

Alunos com necessidades especiais perdem apoios com o novo regime de educação inclusiva

A denúncia é feita pela Fenprof, baseada num inquérito feito a várias escolas do país. Secretário de Estado da Educação nega as acusações feitas pela Fenprof.

Das cerca de 20% de escolas do continente ouvidas pela Fenprof num inquérito sobre o novo regime de educação inclusiva muitas criticam a falta de recursos para implementá-lo e algumas afirmam que há alunos que perderam apoios.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) divulga este sábado, em Lisboa, os resultados do inquérito promovido junto de 162 agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas sobre o processo de publicação e implementação nas escolas do novo regime de educação inclusiva, dos quais 158 foram validados, um número que corresponde a 19,5% das escolas do continente.
As respostas revelam que no universo de escolas ouvidas pela federação cerca de 25% dos estabelecimentos dizem ter alunos com "problemáticas mais complexas" que perderam apoios em consequência do novo regime legal. Quase 65% das escolas dizem, no entanto, ter mantido o mesmo nível de apoios e cerca de 5% dizem que foram reforçados os apoios.
Ouvida pela TSF, Ana Simões, coordenadora do departamento de ensino especial da Frenprof, adianta que apesar de a lei prever um maior investimento em termos de recursos, "64,6 por cento dos agrupamentos afirmam que os apoios para esta nova implementação são os mesmos que tinham antes mas há 27,3 por cento dos agrupamentos que dizem que perderam apoios. Ou seja, muitos dos alunos que o ano passado estavam no regime da educação especial, na passagem para este regime perderam apoios":
Para resolver o problema, a Fenprof pede uma revisão do regime de educação inclusiva e que avaliação das escolas não tenha em conta a execução do novo regime.
A Federação Nacional dos Professores reclama também dois anos de transição, um reforço dos recursos e e ainda autonomia para as escolas.
O secretário de Estado da Educação nega as acusações feitas pela Fenprof. Ouvido pela TSF, João Costa garante que as medidas de apoio são reforçadas no novo diploma e acusa a estrutura sindical de querer prejudicar os mais frágeis.
TSF, Março de 2019

sexta-feira, 15 de março de 2019

Síndrome de Asperger: o retrato de um autismo desconhecido


Contra o preconceito, especialistas e famílias explicam o chamado "Autismo de Alto Funcionamento". Quanto mais conhecimento, menos exclusão.

É provável que quando você mentalize a palavra "autismo", alguns estereótipos venham à cabeça: isolamento, quietude, incomunicabilidade. Quando o assunto é Síndrome de Asperger – ou Autismo de Alto Funcionamento, o que muda?

Quando o caso é visualizar o transtorno já em seu grau de adjetivo, então, a coisa se aproxima ainda mais do silêncio e da solidão. Como se um autista fosse um ser humano que não deu certo, só porque não se comunica como os outros, não interpreta seus códigos, e não responde como se espera. Será que precisa ser assim? Por que estabelecemos essas imagens prontas como se fossem verdades universais?

Daí vem a palavra “desconhecido” do título. O desconhecimento vem não da falta de informações, pesquisas ou evidências sobre essa condição – porque isso há muito e cada vez mais – mas porque nos falta enquanto sociedade a sensibilidade de conhecer o que é diferente, e assim acolher e incluir. Um desconhecimento que leva, isso sim, ao isolamento e à melancolia de não ser como a maioria.

A Síndrome de Asperger, também chamada de Autismo Inteligente ou de Alto Funcionamento, é uma condição neurológica que encontra muitas semelhanças e também muitas diferenças com outras gradações do transtorno.

Através de Blog Educação e Transformação
Leia AQUI