No mês em que se assinala a
consciencialização da perturbação de hiperactividade e défice de atenção, vamos
tentar desmistificar algumas questões. Todos conhecemos um hiperactivo, mas
será que sabemos o que isto significa e que implicações tem no seu dia-a-dia?
A perturbação de hiperactividade e défice
de atenção (PHDA) é uma perturbação neurocomportamental, ou seja, tem uma base
neurológica e manifesta-se em termos comportamentais, atingindo cerca de 5% da
população em idade escolar. Caracteriza-se por uma dificuldade acentuada na
manutenção da atenção, do autocontrolo ou impulsividade, na gestão da
frustração e na capacidade de gestão das funções cerebrais que nos permitem
atingir diferentes objectivos, sejam eles a regulação da atenção, capacidade de
planeamento, memória de trabalho, organização e/ou gestão de tempo.
A PHDA surge tanto em rapazes como em raparigas, estando a
diferença na manifestação dos sintomas. Normalmente, os rapazes são mais
agitados do que as raparigas e, como tal, os sintomas de agitação motora,
aquando de uma PHDA, são mais marcados e evidentes. Por seu turno, as raparigas
apresentam sobretudo sinais de desatenção, sintomas que passam mais facilmente
despercebidos, porque não perturbam o outro.
Ao contrário do que pensamos, a hiperactividade não é a
característica mais marcante ou que causa maior desajustamento, mas sim a
desatenção, que, ao manifestar-se nos diferentes contextos de vida das crianças
e jovens, tem um impacto significativo na qualidade de vida dos mesmos. A
agitação motora em si não é obrigatoriamente problemática: basta pensarmos que
para explorar o mundo todas as crianças têm de se mexer.
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