quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Eles puseram a tecnologia ao serviço das pessoas cegas

Em Portugal, as universidades são laboratórios de desenvolvimento de aplicações móveis que contornam os obstáculos de acessibilidade das novas tecnologias. Os ecrãs tácteis podem ter sido um revés na autonomia das pessoas cegas, mas há quem trabalhe para que quem não vê possa beneficiar de "smartphones" e "smartwatches"

Desbloquear o ecrã, ler ou escrever uma mensagem, consultar o e-mail e as notificações de amigos no Facebook são gestos banais para a maioria dos utilizadores de “smartphones”. Mas e se estivermos a falar de pessoas cegas ou amblíopes, que alternativas existem? A par das aplicações, também os ecrãs tácteis invadiram o mercado dos “gadgets” pessoais nos últimos anos, substituindo o teclado alfanumérico que já nos parece datado. A evolução desta tecnologia acontece a um ritmo difícil de acompanhar, mas a acessibilidade “anda sempre atrás do progresso tecnológico”. Quem o diz é Fernando Santos, técnico de informática e telecomunicações da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO). Para quem estava habituado a utilizar os aparelhos com teclado alfanumérico, os ecrãs tácteis foram um revés na autonomia. Terá a indústria ignorado os cerca de 285 milhões de pessoas com dificuldades visuais extremas, segundo contas da Organização Mundial de Saúde? E o que é que está a ser feito em Portugal?
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Texto de Ana Maria Henriques • 01/02/2016
In Público

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