Aos 31 anos, Michael Phelps possui uma
carreira surpreendente como nadador olímpico. Com um feito inédito de 23
medalhas: dezenove de ouro, duas de pratas e duas de bronze. Agora ele é o
atleta olímpico mais condecorado de todos os tempos.
A luta com o diagnóstico
de TDAH
Mas o caminho para as olimpíadas do Rio
de Janeiro não foi um caminho nada fácil para Phelps e seus pais. Michael era
muito inquieto e tinha muita dificuldade para se concentrar na sala de aula
quando estava na sexta série. Seu pediatra o diagnosticou com TDAH e receitou
ritalina. Michael tomou a medicação durante vários anos e o medicamento parecia
estar ajudando. Aos treze anos, Michael se conscientizou de que estava usando a
medicação como uma muleta, mesmo que a droga fizesse com que ele ficasse menos
hiperativo durante as aulas. Então ele chegou à conclusão de que se conseguisse
fazer com que sua mente controlasse o seu comportamento, isso poderia ajudá-lo
a se livrar da medicação.
Em sua autobiografia, No Limits, Phelps descreveu que se sentiu humilhado uma
vez em que o professor parou a aula para lembrá-lo de tomar o seu comprimido de
ritalina. Phelps conseguiu se concentrar, resolveu todas as questões escolares,
se envolvia nos trabalhos em grupo, mas precisou tomar a medicação estimulante
por vários anos.
Ritalina era uma muleta
Phelps sentia que a ritalina era uma
muleta em sua vida, então decidiu usar sua mente para se concentrar e se
controlar na sala de aula. Phelps descobriu que nadar ajudava a controlar sua
energia e o impedia de ficar tão inquieto. Foi assim que Michael, com a
ajuda de seu psicólogo, conseguiu se livrar aos poucos da medicação: ele
aprendeu a usar o poder da sua mente para se concentrar em seu trabalho escolar
e se controlar em sala de aula.
“Ele nunca vai obter sucesso em qualquer
coisa que faça”, disse seu professor:
O professor de Michael falou para sua
mãe que o filho dela nunca obteria sucesso em qualquer área de sua vida sem a
ritalina, pois sem a medicação ele não iria conseguir se concentrar em nada por
muito tempo. A partir de então sua mãe também passou a se preocupar com a
interrupção do uso da medicação.
Michael Phelps desafiou o seu professor
e suas previsões sombrias ao se tornar o atleta mais condecorado na história
dos Jogos Olímpicos. Ele encontrou na natação uma solução para liberar a
energia vigorosa que o deixava inquieto. Ele aprendeu a auto disciplina através
da prática da natação, se esforçou para isso e conseguiu.
Phelps não era um menino mentalmente transtornado,
era apenas um menino com muita energia
É claro que
Michael Phelps tinha um dom excepcional para ser um atleta e isso ajudava a
aumentar a sua autoconfiança, o que fez com que ele superasse o rótulo de TDAH.
Mas mesmo com os seus dons excepcionais para a natação, Phelps não conseguiria
vencer o problema caso realmente fosse de origem biológica, baseado em um
defeito cerebral. Muitas vezes, quando os pais são confrontados com um
diagnóstico de TDAH, eles são levados a acreditar que a medicação seja a única
solução, no entanto, existem outras opções que podem funcionar como, por
exemplo, os esportes e a dieta. Michael Phelps é a prova disso.
Fonte: PsychologyToday traduzido e adaptado por Psiconlinews
Sem comentários:
Enviar um comentário