Os dados mais recentes mostram que existem 78 763 alunos com necessidades educativas especiais nas escolas regulares.
Este número representa um aumento de mais de 70% face ao início da legislatura, em 2011, e é para o ministério "um indicador claro da determinação de Portugal em manter-se na rota para a inclusão educativa". Mas a verdade é que para estes 78 763 jovens existem, até à data, 5760 docentes de Educação Especial (EE) e 2276 técnicos de apoio. Há meninos que têm apenas meia hora de apoio por semana.
Há escolas em que se define que os alunos com necessidades educativas especiais (NEE) devem estar nas salas de aula normais, esperando que os professores de EE lá vão apoiá-los; há outras que entendem que os meninos devem passar uma parte do tempo curricular em salas próprias com os docentes de EE. Em ambos os casos, o apoio é "manifestamente insuficiente", começa Ana Simões, da Fenprof.
"No primeiro caso, os meninos acabam por receber a visita dos professores de Educação Especial muito poucas vezes, em alguns casos meia hora por semana, porque estes docentes têm muitos alunos com NEE. Passam o resto do tempo sem conseguir acompanhar as aulas", conta.
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