Em 2016, escolas do básico receberam
diagnósticos de dislexia relativos a mais 2 mil crianças. Júri Nacional de
Exames alerta para a "precocidade" de diagnósticos no 1.º e 2.º ano e
para o efeito "perverso" que prática pode ter nos alunos.
Com a realização de provas de aferição no
2.º ano de escolaridade, o que aconteceu pela primeira vez no ano passado,
embora com caráter facultativo, emergiu uma realidade que o Júri Nacional de
Exames (JNE) classifica como “preocupante”: o número de crianças que aos 7 anos
estão diagnosticadas como tendo dislexia ou incapacidade intelectual.
Estas duas problemáticas estão enquadradas nas Necessidades
Educativas Especiais (NEE), podendo os encarregados de educação dos alunos
abrangidos requerer
condições especiais para a realização de provas ou exames. No ensino
básico foram apresentados 10.524 pedidos, sendo que 44% deles diziam respeito a
alunos do 1.º ciclo de escolaridade.
Relativamente aos alunos que realizaram provas de aferição (2.º e
8.º ano) e para os quais foram solicitadas condições especiais, “verifica-se
uma prevalência de 49% [3113] de situações assinaladas como incapacidade
intelectual, sendo que destas 1887 foram diagnosticadas no 1.º e 2.º ano de
escolaridade”, assinala o JNE no seu relatório sobre os exames de 2016, que foi
divulgado nesta semana. Em 2016, foram realizadas 252 mil provas de aferição.
Em termos de prevalência, a dislexia aparece em segundo lugar, com
2035 registos, dos quais também “588 foram diagnosticados no 1.º e 2.º ano de
escolaridade”, frisa o JNE.
Tanto a primeira situação como a segunda, tendo em conta a idade
das crianças abrangidas, podem indiciar “uma eventual precocidade em alguns dos
diagnósticos”, alerta este organismo, que no caso da dislexia lembra que,
estando em causa crianças com seis ou sete anos, “podem não existir dados
suficientes que consubstanciem um diagnóstico definitivo desta problemática”.
In PUBLICO
Ver artigo na íntegra AQUI
Sem comentários:
Enviar um comentário