O relatório da Direção-Geral de Saúde ‘Saúde Mental 2015’ foi contundente: as crianças portuguesas até aos 14 anos estão a consumir mais de 5 milhões de doses por ano de metilfenidato.
O Infarmed tem dados que demonstram o aumento exponencial da compra desta substância em 8 anos: 50 mil embalagens em 2006, 133 mil em 2010 e as 276 mil em 2014. O metilfenidato é o principal componente dos medicamentos utilizados para o tratamento da Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA), como, por exemplo, a Ritalina.
Agora, o Bloco de Esquerda (BE) quer que a Assembleia da República aprove uma resolução que visa diminuir o consumo de metilfenidato, assim como o excesso de diagnósticos de PHDA. O projeto do BE passa pelo acompanhamento das criançascom diagnóstico nas escolas por um psicólogo e pelo aumento destes profissionais nas escolas.
Em declarações ao Diário de Notícias, Joana Mortágua afirma:
“Todos os dados apontam para um consumo esmagadoramente atribuído a crianças em idade escolar. Isso leva-nos a crer que existe uma relação”.
O BE defende também que sejam feitos mais estudos, de forma regular, para que se conheçam as razões do aumento do consumo destes medicamentos e em que condições eles são prescritos e a divulgação dos efeitos nocivos para a saúde da toma do metilfenidado.
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