Aos 19 anos, a frequentar o 11.º ano, Ana Filipa Silva ambiciona licenciar-se em Ciências Políticas e Sociais. Não desdenharia ser um dia deputada
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Ana Filipa Silva, 19 anos, não é do género de se queixar. Quando lhe perguntamos se o facto de ser uma aluna com necessidades educativas especiais (NEE) lhe dificultou o percurso escolar, garante que a maior parte das barreiras foram autoimpostas: "No início, o problema fui mais eu. Tive de me adaptar, de me aceitar." No 11.º ano, é um dos 13 mil alunos com NEE que neste ano letivo frequentam o secundário. Um número ainda curto, mas que representa uma subida acentuada, de 18% (dois mil alunos), no espaço de um ano. Um sinal de que a deficiência começa a deixar de ser equiparada a uma sentença de baixas expectativas.
Filipa podia ser o modelo desta mentalidade. Tal como a personagem de Dickens, tem grandes esperanças. E não deixa que nada as abale. Nem a paralisia cerebral. Nem as contrariedades associadas, como o ano parcialmente perdido no 10.º devido a uma cirurgia com recuperação prolongada, que a deixou "presa ao gesso" durante longas semanas. Quer estudar Ciências Sociais e Políticas e espera, um dia, poder ser uma oradora, talvez uma deputada na Assembleia da República, a "dar voz aos que enfrentam desafios semelhantes". É praticante de boccia, "num pequeno clube que tem tido bons resultados", e espera um dia representar Portugal nuns jogos paralímpicos: "Em tudo o que meto é para levar a sério."
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