Cientistas de Portugal e dos EUA explicam o que acontece no
cérebro na aprendizagem de uma nova capacidade motora. Os resultados podem ser
importantes para melhorar desempenho das interfaces cérebro-máquina.
Primeiro sozinhos, depois em grupo para aperfeiçoar a
técnica. Esta parece ser a estratégia usada pelos neurónios quando são
estimulados a aprender uma nova tarefa motora. Usando dados de um estudo
anterior realizado com macacos ligados a uma interface-cérebro máquina, os
investigadores perceberam como é que os neurónios coordenavam a sua actividade
para desempenhar uma tarefa e desenvolveram um algoritmo. Estes resultados
podem aperfeiçoar o desempenho das interface cérebro-máquina que ligam o
cérebro a um dispositivo externo (como um braço robótico, por exemplo) e
permitem que alguém paralisado consiga fazer determinados movimentos apenas com
o poder da mente.
No comunicado de imprensa da Fundação Champalimaud
sobre o estudo, recorre-se à imagem de alguém a aprender a tocar piano para
explicar os resultados obtidos. Podia ser qualquer outra nova tarefa motora.
Rui Costa, investigador do Centro Champalimaud e um dos autores do artigo, usa
a imagem de alguém a aprender a jogar ténis. Na verdade, no estudo realizado em
2009, que serve de base ao artigo agora publicado na revista Neuron por
investigadores de Portugal e dos EUA, os macacos tinham de aprender a mover um
cursor num computador.
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