segunda-feira, 29 de junho de 2015

"Mal Entendidos", Nuno Lobo Antunes

Antunes, N.L. (2009) “Mal-entendidos - Da Hiperactividade à Síndrome de Asperger, da Dislexia às Perturbações do Sono. As respostas que procura. ”Ed: Verso de Kapa

"Recentemente deparei-me com o novo livro do Prof. Dr. Nuno Lobo Antunes, que aborda as Perturbações do Desenvolvimento Infantil, “Mal-entendidos - Da Hiperactividade à Síndrome de Asperger, da Dislexia às Perturbações do Sono”. O título, só por si sugestivo, levantou-me alguma curiosidade, mas a reputação do autor fez o resto.

O Prof. Dr. Nuno Lobo Antunes é Neurocirurgião de créditos reconhecidos e descreve-nos, no seu livro, casos verídicos de crianças/jovens, com um desenvolvimento atípico, cujos comportamentos durante muito tempo foram encarados como inexplicáveis. O autor procura esclarecer e dar resposta às inúmeras dúvidas que se apoderam de quem trabalha/intervém directa ou indirectamente com estas crianças/jovens.
Ao lê-lo, vemo-nos envolvidos por um misto de sentimento e razão, mas sempre abordado de forma correcta do ponto de vista científico, junta-se a este facto a autenticidade e a emotividade dos casos relatados.

Como é afirmado no livro “devem existir em Portugal cerca de cem mil crianças com perturbações de desenvolvimento” (p.16), daí ser imprescindível tanto a divulgação, deste facto, como a tomada de atitude perante o mesmo. É fundamental que os diagnósticos sejam precisos (ou o mais possível), que a intervenção seja o mais precoce e coerente possível e acima de tudo que exista uma grande interacção entre todos os meios/agentes envolvidos, para que não aconteçam perdas/danos para a criança.

Este é um livro que desmistifica de forma “simples” alguns “mal-entendidos” bem visíveis na nossa sociedade. As crianças de que o Prof. Dr. Nuno Lobo Antunes nos fala são “crianças…iguais a todas as outras. São novelos de fios de várias cores. Se só virem uma, é bom que olhem outra vez” (p.237). É fundamental haver uma maior intervenção/inclusão da sociedade civil, para que dessa forma possamos falar de uma verdadeira integração destas crianças/jovens.

É certo que “Por vezes o Capuchinho Vermelho perde-se no bosque e não há beijo que resgate a Bela Adormecida”, mas compete-nos a nós, agentes intervenientes no processo de desenvolvimento de crianças/jovens, lutar para que existam “histórias que tenham um final feliz”. “E não deixem o Espelho Mágico dizer a nenhuma criança que há alguém mais belo que ela”( Sinopse ).

Estamos perante um livro cativante, repleto de informação e dotado de um carácter humano de louvar.

Por: Nelson Santos

Publicado nos Cadernos de Educação de Infância, n.º 90

“Pulseira” para pessoas com epilepsia avisa familiares caso o utilizador convulsione

Na onda dos wearables, dispositivos “vestíveis”, como o Google Glass, por exemplo, chega o Embrace, um relógio bonito e elegante, mas que antes disso terá uma função primordial na vida de muitas pessoas: pode detetar um ataque epiléptico ou uma convulsão e pedir socorro instantâneo.


O dispositivo monitoriza diversas funções do corpo e ao detetar o ataque ou convulsão imediatamente avisa, através de um aplicativo, os amigos ou parentes que a pessoa relacionou como contatos de emergência, poupando assim, um tempo precioso que pode salvar vidas. No vídeo abaixo você confere mais detalhes:




domingo, 28 de junho de 2015

O impacto psicológico nas mães pelo nascimento de uma criança com Síndrome de Down


Artigo de: Fernanda Silva Ferreira
Resumo
O presente estudo analisa os impactos psicológicos maternos ao gerar um bebê com Síndrome de Down. Ponderando todos os fatores envolvidos que vão desde o desconhecimento da síndrome, passando pela frustração e medo do desconhecido, até a maneira como as mesmas respondem a essa realidade. Para o desenvolvimento da pesquisa foi utilizado uma revisão bibliográfica que permitiu a observação da subjetividade e a forma de enfrentamento que cada mãe tem ao receber a notícia. Percebe-se que a maior dificuldade encontrada pelas mães foi à aceitação da deficiência do bebê e a culpa.

"Perdida de Riso" com LGP

"Perdida de Riso" - História em Língua Gestual Portuguesa.

Realização - José Mendes / VISÃO X -- Produção e Comunicação Audiovisual, Lda
História - Graça Breia
Ilustrações - Graça Pinheiro

O "Aprender Especial" no Facebook e no Google+



Manual de Apoio à Prática

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Farmacêutico João Almiro: O Herói português

Uma vida dedicada aos Outros, aos mais desfavorecidos...

Um Homem da minha Terra!
Um verdadeiro HERÓI! 

Depois, andam por aí uns "senhores" políticos em cerimónias oficiais e com pompa e circunstância a condecorar gente pseudo importante, mas que nada fez pelo Outro. 
Olhem para este Homem! 

Muito provavelmente, o Dr. João Almiro dispensará condecorações, mas que era de inteira justiça, lá isso era! 
Parabéns Dr. Almiro!
Que Deus o abençoe hoje e sempre!


Conheça alguns dos disléxicos famosos

Clique aqui para ver o álbun dos famosos disléxicos

António Damásio em conferência na Universidade do Porto - dia 01 de julho

Às 18 horas do dia 1 de julho, a Reitoria da Universidade do Porto (Praça Gomes Teixeira) vai receber o neurocientista português António Damásio, diretor doBrain and Creativity Institute da University of South California, para uma conferência intitulada “New Perspectives on Human Nature from Neurobiology: Feelings, Decisions and Automation”.
Iniciativa da SONAE em parceria com a Universidade do Porto, a conferência tem entrada livre para todo o público, sujeita a inscrição prévia – encerradas a 25 de junho por ter sido atingido o limite dos lugares disponíveis. A conferência será proferida em Inglês.
António Damásio é um dos mais internacionalmente reconhecidos investigadores portugueses e um dos mais notáveis neurocientistas do mundo. Radicado nos EUA desde 1975, depois de ter completado o doutoramento na Universidade de Lisboa, António Damásio desenvolveu toda a sua carreira científica em universidades norte-americanas.
Especializando-se no campo da neurobiologia, o seu trabalho ganhou notoriedade pública mundial após o lançamento, em 1994, do seu primeiro livro, intitulado “O Erro de Descartes”. Ao abordar a temática das emoções e sentimentos ligados a todos os processos cognitivos, a obra acabaria por ser considerada um dos mais influentes livros da década de 90, recolhendo vários prémios internacionais.
O trabalho de António Damásio foi já também reconhecido com diversos prémios, entre eles o Prémio Pessoa (1992), o Signoret Prize in Cognitive Neuroscience (2003), o Prémio Príncipe das Astúrias (2004) ou o Prémio Honda (2010), muitos dos quais recebidos conjuntamente com a sua esposa e companheira de trabalho, Hanna Damásio. António e Hanna Damásio foram ainda condecorados pelo Presidente da República com o título de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada de Portugal em 1995.
Atualmente, António Damásio tem o título de David Dornsife Professor of Neuroscience daUniversity of South California, onde lidera o USC Brain and Creativity Institute, um centro de investigação fundado por António e Hanna Damásio que se dedica ao estudo do funcionamento do cérebro humano, nomeadamente sobre a base neurológica para uma grande variedade de funções mentais, das emoções às tomadas de decisão.
Fonte: http://noticias.up.pt/ 

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Seminário-Dislexia: Da teoria à intervenção Método Fonomímico Paula Teles

A Dislexia é uma incapacidade específica de aprendizagem, de etiologia neurobiológica, caracterizada por dificuldades na correção e fluência, na leitura de palavras, nas capacidades de decifração e na ortografia. Estas dificuldades resultam de um défice fonológico inesperado em relação às capacidades cognitivas e condições educativas. Recentemente surgiram muitos trabalhos de investigação sobre este tema, feitos por especialistas de diversas áreas, como a psicologia, educação, linguística, genética e neurociência, que tem permitido um avanço significativo no conhecimento desta perturbação, que proporcionam orientações para o diagnóstico e intervenção educativa eficaz. Para todos os profissionais que trabalham com crianças e jovens com dificuldades na leitura e escrita é necessário saber sinalizar, identificar esta perturbação para que, o mais precocemente possível, possa ser feita uma intervenção adequada.
Nesse sentido o Agrupamento de Escolas da Ericeira e a EB 1/JI da Freguesia da Carvoeira vão promover um Seminário sobre o tema, com a presença da Dra. Paula Teles, psicóloga especialista em Dislexia, autora do Método Fonomímico. O Seminário decorrerá no Auditório da Casa da Cultura Jaime Lobo e Silva- Ericeira, no próximo dia 2 de julho das 9:30h às 16:30h. Contamos com a vossa presença!           
Inscrições GRATUITAS!  Últimas vagas!
Fonte: http://www.ericeiraonline.pt/ericeira-recebe-especialista-em-dislexia/ 

Atividades para desenvolver a consciência fonológica

Clique aqui para descarregar o PDF

Há pais de crianças com necessidades educativas especiais a gastar apoios do Estado em férias e tablets

Em causa está o modelo de pagamento do subsídio de Educação Especial, que passou a ser pago aos pais.

Marta Santos é terapeuta da fala. Dá apoio a crianças na escola de um bairro carenciado de Porto Salvo, em Oeiras. Ajuda crianças com dificuldades em soletrar determinados sons, crianças com gaguez e com problemas de expressão. Mas três crianças que acompanhou até agora não vão receber apoio no próximo ano lectivo, porque os pais não lhe chegaram a fazer o pagamento de vários meses de trabalho. “Faz-me muita pena e é revoltante”, desabafa, lamentando as consequências para os jovens das atitudes “menos honestas” dos pais. “Uma destas crianças até se abraçou a mim a chorar quando soube que não ia acompanhá-la mais, fez-me um desenho em que dizia que eu era a melhor amiga dela”, relata.

Marta Santos acredita que o facto de estas famílias receberem uma quantia elevada (respeitante aos retroactivos) leva a um certo “deslumbramento” e por isso acabam por gastar o dinheiro num ápice em benefício próprio e não das crianças. Maria Dias, psicóloga da mesma equipa de Marta, também não teve uma boa experiência este ano. Deu apoio psicológico a uma criança, mas não chegou a receber pelos seis meses de trabalho.
Famílias problemáticas A psicóloga confessa que tinha esperança que lhe pagassem, mas isso nunca chegou a acontecer, apesar da sua insistência. Numa das sessões, a criança de nove anos mostrou à psicóloga o seu telemóvel novo e revelou ainda que este ano, pela primeira vez, a família ia passar férias ao Algarve. Marta conta também que um outro aluno que tem o mesmo tipo de apoio na escola recebeu um tablet.

“São famílias problemáticas, que têm grandes défices cognitivos, que não têm base de gestão e estrutura e que transportam esses problemas para as crianças”, explica-nos a terapeuta, temendo o impacto negativo da ausência deste apoio no desenvolvimento cognitivo e emocional dos alunos. “Vai interferir bastante na aprendizagem. Na terapia da fala lido com alunos que não conseguem interpretar uma ordem e que não conseguem acompanhar uma conversa”, refere.

A terapeuta explica-nos ainda que, para os alunos que têm problemas como dislexia e graves dificuldades de interpretação, acompanhar uma aula é uma tarefa muito complexa e que o apoio que dá é de extrema importância. “Têm dificuldades em interpretar o que lhes é dito, o que é notório depois na escrita. São jovens com problemas em casa, onde não têm uma atenção especial (os pais deixam de ir às reuniões na escola) e que   acabam por desenvolver problemas de personalidade”, conclui.

Nuno Consciência, coordenador da equipa onde Marta e Maria trabalham, refere que cerca de um quarto das famílias não faz o pagamento aos técnicos e aponta duas razões possíveis para isso. Por um lado, há quem se queira aproveitar do sistema e fique com o subsídio. Por outro lado, há casos de famílias que já têm dívidas (dívidas aos bancos ou à Segurança Social) e quando o subsídio lhes é transferido é-lhes imediatamente penhorado para cobrar essas dívidas.

Segurança Social contribui Na opinião do psicólogo, o sistema de pagamento aos encarregados de educação foi feito precisamente para correr mal. Ou seja, “a Segurança Social não está a acabar propriamente com o subsídio, mas está a contribuir para que as coisas corram mal”. No seu entender, trata-se de uma forma indirecta de este organismo poupar dinheiro, porque, em última instância, são os profissionais que desistem de acompanhar as crianças, por estarem a prestar serviços de forma gratuita: “Este ano já trabalhámos de borla para essas famílias. No próximo já não vamos renovar com aqueles que este ano não pagaram as consultas”, lamenta. Além disso, explica, a burocracia para solicitar o apoio a crianças com necessidades especiais tem vindo a aumentar e a atrasar todo o processo, fazendo com que os técnicos só começassem a receber em Maio (quando em anos anteriores recebiam a partir de Dezembro), refere o coordenador.  

Nuno conta ainda que depois das queixas a Segurança Social “lavou as mãos”, recomendando que estes profissionais fizessem queixa das famílias em causa à Comissão de Protecção de Menores ou entrassem com acções judiciais. A consequência será a penhora de uma percentagem dos rendimentos destas famílias (proveniente, na maioria dos casos, dos vários subsídios que recebem – inserção, desemprego, abonos de família). Quem vai ficar a perder são as crianças que vão deixar de ser acompanhadas, lamenta o psicólogo.

Contactado pelo i, o Instituto da Segurança Social (ISS) comenta que o método de pagamento não é novo. O que acontece é que os “procedimentos foram uniformizados”, com base no princípio de que estas prestações sociais – tal como acontece com o abono de família – são pagas aos beneficiários, tratando-se de um direito das famílias, que têm de ter a responsabilidade de aplicar o dinheiro na educação e na saúde dos filhos.

Questionada sobre casos como o de Marta e de Maria, a assessoria do IPSS  remeteu a divulgação dessa informação para os próximos dias.
Fonte: Jornal I

quarta-feira, 24 de junho de 2015

terça-feira, 23 de junho de 2015

Curta-metragem exemplifica sofrimento causado por Comportamentos Obsessivos

Esta curta-metragem finlandesa já soma mais de 3,4 milhões de visualizações na internet e reflete a respeito do sofrimento ocasionado pelos comportamentos obsessivos.
Diferente daqueles hábitos ou costumes que a maioria das pessoas tem, os comportamentos obsessivos são aqueles que aprisionam o indivíduo que, mesmo diante de grande sofrimento ou riscos evidentes, não consegue se libertar. A personagem no vídeo está claramente determinada a tricotar, sem parar, mesmo que isso lhe faça mal ou represente riscos contra sua própria vida.
É claro que o ato de tricotar surge como uma ilustração para outras situações que aprisionam (relacionamentos destrutivos, por exemplo) e também para pensamentos obsessivos.


Fonte: Psicologia Acessível

Programa para ajudar autistas chega a Portugal (PRT)


A FOCUS,C.R.L. acolhe, pela primeira vez em Portugal, o Workshop de  Formação e Certificação Internacional Inicial no Pivotal Response Treatment (PRT)®.

PRT ® é um dos mais bem estudados e validados modelos de intervenção no autismo e foi desenvolvido nos anos 70 pelos Psicólogos Robert Koegel, Ph.D., e Lynn Kern Koegel, Ph.D., na Universidade da Califórnia, Santa Barbara, que atualmente são, respetivamente, Administrador e Diretor Clínico do Centro Koegel de Investigação no Autismo da Universidade da Califórnia de Santa Bárbara.

PRT ® é um programa de intervenção baseado nos interesses e iniciativa das crianças, jovens e adultos, criado com o objetivo de desenvolver quatro áreas fundamentais/centrais do Desenvolvimento: a Motivação; A Resposta a múltiplos estímulos; Auto gestão e Respostas Auto iniciadas. (há neste momento investigação numa quinta: Empatia). Estas são as áreas do Desenvolvimento que provocam mudanças e avanços generalizados no desenvolvimento de outras áreas, quando estimuladas adequadamente. 

PRT ® revela-se particularmente eficaz e eficiente no desenvolvimento da comunicação verbal, imitação, atenção conjunta, interações sociais, competências de jogo, competências académicas e na redução de comportamentos disruptivos.

Este Workshop de dois dias e correspondente certificação internacional fornece aos Pais, Professores e Terapeutas, entre outros, uma abordagem passo a passo baseada em evidências para ensinar novas competências que são importantes para uma vida autónoma. 


Assista à apresentação do PRT realizada pela Prof. Doutora Lynn Koegel:



Deixo o link de uma notícia sobre o evento:

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Bridge - não precisamos derrubar ninguém para seguir

Inspirado pela formação que fiz recentemente, "Gestão de Conflitos e Liderança Pedagógica na Sala de Aula", eis mais um vídeo que tão bem retrata muitas personalidades que vamos encontrando no nosso dia a dia:)
Bridge - fala sobre a “técnica” de resolução de conflito da maior parte das pessoas teimosas no planeta: centrar-se no seu próprio umbigo.
Mais importante do que estar certo é ser feliz, encontrar formas equilibradas de resolução de conflitos para criarmos um mundo melhor.
Comunicação e colaboração são aspectos simples que podem ser assimilados por qualquer ser humano que queira melhorar o universo ao seu redor.

Revista UAEM 2014/2015

Depois de um longo percurso de aprendizagem e descoberta, o final do ano letivo está aí! 
Deixo uma breve e resumida compilação de alguns textos publicados na página da escola e que passam em revista algumas das atividades mais significativas realizadas com os alunos ao longo do presente ano letivo.

Aconteceu na UAEM...

Ler mais publicações no Calaméo

Uma palavra de reconhecimento a todos que connosco trabalharam e contribuiram diariamente para o sucesso das nossas salas UAEM, pois só com muita dedicação, profissionalismo e querer conseguiremos alcançar os nossos objetivos, que passam, necessariamente, pela convicção de que a Educação é um direito fundamental para o desenvolvimento pessoal e coletivo e uma sociedade que não se construa num modelo de educação ativa e inclusiva, com princípios multiculturais, de participação e cidadania, não poderá ser uma sociedade justa e igualitária, como desejamos e defendemos para nós e para as gerações vindouras.       

domingo, 21 de junho de 2015

Vídeo Motivacional - The Little Frog

SIM, os seus sonhos poderão realizar-se! 
Não permita que pessoas negativas os prejudiquem!

É caso para dizer: Ainda bem que o sapinho era surdo:)

Ler em voz alta ajuda a desenvolver o cérebro

Um estudo feito no Centro Hospitalar Pediátrico de Cincinnati, no Ohio, EUA, sugere que ler em voz alta para crianças tem um impacto muito positivo no cérebro, estimulando a ativação de certas zonas que ajudam ao desenvolvimento cognitivo. Ajuda também a desenvolver a linguagem, a imaginação e até a visão.
Os investigadores descobriram, durante o estudo, que as crianças em idade pré-escolar, em cujas casas se lia mais em voz alta, apresentavam maior ativação do cérebro nas zonas associadas à aprendizagem e à memória. O estudo foi feito em famílias com diferentes situações económicas e os resultados demonstraram que todas as crianças apresentavam resultados semelhantes. E que quanto mais cedo começassem a ler em voz alta aos filhos, melhor.

Mais informações sobre este estudo aqui.
Fonte: http://revistafabulas.com/

"Mais Alto do que as Palavras"

A viagem de uma mãe ao mundo do autismo. “Este é o livro que espero que corra o mundo. Foi para o escrever que nasci."

Quando ouvimos falar da famosa modelo e atriz Jenny McCarthy, companheira de Jim Carrey, somos de imediato remetidos para o fantástico mundo das celebridades, do charme e do glamour. No entanto, a vida de Jenny não se distingue da de qualquer outra mãe.

Tudo começou numa manhã igual a tantas outras, à exceção de se ter deparado com um ataque convulsivo do seu filho Evan, então com 2 anos. Teve então início a atormentada odisseia de visitas a hospitais, que culminaram com a terrível realidade: “Lamento imenso, o vosso filho tem autismo.”

Longe de uma sentença, o diagnóstico representou o início de uma longa jornada na busca de uma cura para o autismo. Uma viagem feita de coragem e de fé, pela qual a autora nos conduz pelos meandros do “assombrado” mundo das crianças autistas, até, através de novas terapias e tratamentos, conseguir vislumbrar a luz ao fundo do túnel.
Porque, quando o nosso filho é diagnosticado com autismo, toda a nossa vida se altera.

Autora: Jenny McCarthy
Ano: 2009
Editora: Livros de Seda


Fonte: Crescer Especial - Livros

sábado, 20 de junho de 2015

Dislexia - Atividades de Conhecimento Fonológico

Material de intervenção em Linguagem escrita para pais, professores e técnicos.

Contém 108 fichas agrupadas em 4 categorias:
     - Consciência da Palavra
     - Consciência de Rima
     - Consciência Silábica
     - Consciência Fonémica

Autoras: Rosa Lima e Cláudia Tavares
Ano: 2012
Editora: LIDEL

Fonte: Crescer Especial - Livros

"Juntos no Desafio - Guia para a Promoção de Competências Parentais"

Trata-se de um guia para a promoção de competências parentais destinado a pais de crianças e adolescentes com PHDA e perturbações do Comportamento.
No site (http://www.juntosnodesafio.com/) disponibilizam os anexos para download, que dão sempre muito jeito…

Autores: Paulo José Costa, Susana Heleno e Carla Pinhal
Ano: 2010
Editora: Texiverso


Fonte: Crescer Especial - Livros

Portefólio de Competências Funcionais

Portefólio construido para crianças com currículo especifico individual. São abordados temas como a identificação, localização geográfica, meses, estações, dias da semana, horas, dinheiro, alimentação saudável, segurança, meios de comunicação, meios de transporte, serviços... Depois de concluído o portfólio foi plastificado e encadernado e serviu de apoio para várias atividades complementares (fichas de trabalho e atividades práticas). 


Portfólio competências funcionais from Celina Sousa, Professora de Educação Especial

Coca-Cola convoca o mundo para apoiar os Jogos Olímpicos Especiais

Evento acontece entre os dias 25 de julho e 2 de agosto em Los Angele


Entre os próximos dias 25 de julho e 2 de agosto, a cidade de Los Angeles vai sediar os Jogos Olímpicos Mundiais Especiais. Este ano, o evento contará com 7 mil atletas, 3 mil treinadores e 30 mil voluntários de 177 países. A expetativa é que os jogos sejam acompanhados por mais de 500 mil pessoas.
Para demonstrar o seu apoio ao evento – e convocar o mundo inteiro a participar – a Coca-Cola, que é uma das empresas que ajudaram a criar os jogos em 1968, lançou o seu próprio hino, Reach Up.
A canção é interpretada pela banda O.A.R, Cody Simpson, Breanna Bogucki – cantora e atleta especial, e Madison Tevlin, portadora de Síndrome de Down que ficou bastante conhecida na internet este ano.

Por Amanda de Almeida

"Asperger... O que significa para mim?"

Trata-se de um manual prático, dirigido a pais e professores, mas também diretamente às crianças e jovens com síndrome de Asperger, com o objetivo de lhes dar a oportunidade de se compreenderem a si próprios.
Inclui sugestões, estratégias e exercícios práticos sobre vários temas. Maneiras de pensar, experiências dos sentidos, talento artístico, pessoas, compreensão dos outros, pensamentos, comunicação, escola, amigos, sentir-se perturbado, etc…

Autora: Catheriene Faherty
Ano: 2009
Editora: Verbo

Fonte: Crescer Especial - Livros

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Artista autista desenha cidades inteiras de memória

 Chamam-lhe a máquina fotográfica humana: Stephen Wiltshire só precisa da sua caneta para reproduzir as capitais do mundo

Deem-lhe uma caneta e ele revela as cidades. Stephen Wiltshire, de 41 anos, é um artista invulgar. Sofre de autismo e foi aos cinco anos que repararam no seu talento para desenhar. Stephen consegue reproduzir os panoramas das cidades de memória, e já representou Nova Iorque, Tóquio, Roma, Paris e Londres, entre outras. 

Chamam-lhe a máquina fotográfica humana, pelos pormenores que consegue captar. "As cidades são tão bonitas. As silhuetas… os edifícios muito altos", afirmou (...). O artista sofre de grandes problemas de comunicação e só aos nove anos é que disse as primeiras palavras. 

Para o fazer falar, os professores tiraram-lhe o material de desenho na escola. Por querê-los tanto, Stephen viu-se obrigado a pedi-lo. Caneta e papel foram as suas primeiras palavras. 

"Ele era o aluno caladinho no canto da sala – não dizia nem interagia com ninguém. Só punha a cabeça para baixo e escrevinhava no papel", contou (...) a sua irmã Annette, que o acompanha nas viagens ao estrangeiro.

Aos oito anos, fez o seu primeiro trabalho: uma reprodução da catedral de Salisbury para o primeiro-ministro britânico Edward Heath. Mais tarde, estudou Belas Artes na Faculdade de Artes de City & Guilds. Neste momento, pintou o seu auto-retrato. 

Em 2008 desenhou a capital espanhola, Madrid. Qual é o seu método? Sobrevoa as cidades de helicóptero e faz um rascunho rápido. Quando volta para o hotel, memoriza esse desenho durante a noite. Depois, passa-o para as telas, como a que criou em Singapura. 

"Uma multidão de 150 mil pessoas veio dar-lhe as boas-vindas a Singapura. Quando o viram a desenhar, algumas estavam a aplaudir e outras a chorar", contou a irmã de Stephen, Annette. "Nunca vou esquecer um homem que esteve lá todos os dias. Não importava quão grande era a multidão, conseguia sempre chegar-se à frente para se aproximar do Stephen. Nunca vou esquecer a sua cara", acrescenta.
A obra que lhe ocupou mais tempo tinha dez metros e retratava Tóquio. Demorou oito dias a fazê-la, em 2005. Só usou caneta. Em 2006, foi ordenado membro da Ordem do Império Britânico pela rainha Isabel II. Para além das cidades, Wiltshire gosta de pintar carros vintage. Tem vários.

Hoje em dia, tem uma galeria em Mayfair, na cidade de Londres (...), e pretende abrir outra, em Nova Iorque, para vender os seus trabalhos. Segundo o seu site oficial, o seu lema é "faz o melhor que puderes e nunca pares".

Fonte: Sábado 

Cooperar para Incluir no Jamor

O Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P. vai promover a ação de formação outdoor Redes e Parceiros: Cooperar para Incluir, no dia 25 de junho, no Centro Desportivo Nacional do Jamor.
Nesta ação as equipas, constituídas por técnicos de organismos de administração pública, ONG e IPSS na área da inclusão social, empresas públicas e privadas e fundações, desenvolverão ao longo do dia atividades com vista a:
  • Potenciar a qualidade das parcerias e das intervenções na promoção dos direitos das pessoas com deficiência.
  • Aumentar a coesão, o espírito de equipa e a partilha pelas associações, organismos, empresas, de valores comuns, desafios, experiências e objetivos. 
  • Contribuir para o alargamento do trabalho em rede e em parceria. 
  • Envolver os decisores, os técnicos, as pessoas com deficiência na concretização de soluções para a inclusão em parceria. 
  • Potenciar a aprendizagem pela experiência e uma cultura de inclusão.

A ação é gratuita, confere certificação e tem um nº limitado de 45 formandos. As inscrições decorrem até ao dia 22 de junho.
In http://www.inr.pt/

PHDA, mito ou realidade?

Desde há mais de duas décadas que sou responsável pelo seguimento de crianças com Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA), não podendo deixar de reagir a programas como o “Linha da frente”, da RTP1, do passado dia 6 de junho.
Sou pediatra do neurodesenvolvimento no Hospital Pediátrico de Coimbra, responsável desde 1989 por uma das primeiras consultas de hiperatividade do País. Fomos também dos primeiros a utilizar metilfenidato (MPH) de forma regular, 14 anos antes da sua comercialização em Portugal. Periodicamente, este grave problema que afeta 5-7% da população de idade escolar e 2,5-3% de adolescentes e adultos, é tratado pela comunicação social, duma forma que só posso apelidar de pouco responsável.
Relatos imprecisos, generalizações abusivas de casos particulares, demonização dos efeitos da medicação, entrevistas a profissionais, de saúde mental ou não, sem reconhecida credibilidade nesta patologia e frequentemente veiculando informações incorretas, fazem parte da estratégia utilizada.
Utiliza-se a opinião de médicos não peritos, que veiculam a opinião de que a PHDA não existe, é uma fraude ou um problema benigno e colocam-se em contraste com os resultados da mais avançada investigação científica, como se ambas as opiniões tivessem igual mérito. Passa-se para a opinião pública a ideia, de que entre profissionais igualmente experientes na área, há duas correntes, ambas de igual validade científica.
Tenta-se fazer crer que a PHDA é um problema social, onde crianças “normais”, sem qualquer problema para além de serem um pouco irrequietas, são rotuladas de “hiperativas” e consideradas “doentes” apenas com o propósito de as medicar. Desta forma, lança-se a desinformação, levando em última análise a uma ausência de procura de ajuda e tratamento adequados por quem necessita, ou à confusão de quem já é acompanhado em consultas.
A PHDA está claramente entre os problemas de saúde em geral e do neurodesenvolvimento em particular, mais investigados. Milhares de profissionais em todo o mundo, das áreas da psicologia, psiquiatria, neurologia, neurofisiologia, imagiologia, genética e outras, dedicam as suas carreiras e a sua investigação a este problema.
Há hoje um consenso mundial, entre as diferentes sociedades científicas, como as academias europeias e americanas de pediatria, pedopsiquiatria, psiquiatria, a federação mundial de PHDA ou a rede europeia de estudo da PHDA Eunethydis, relativamente às orientações diagnósticas e terapêuticas desta perturbação.
Contrariamente ao que se pretende fazer crer, a PHDA não é um distúrbio benigno e pode causar problemas devastadores ao longo da vida. É uma das perturbações neurocomportamentais mais frequentes na criança e adolescente. É um problema crónico que em grande percentagem persiste na vida adulta.
É uma condição neurobiológica, com marcada etiologia genética, envolvendo disfunção de várias regiões específicas do cérebro, concretamente o córtex pré-frontal e suas conexões com os núcleos da base e cerebelo. Apesar da importância de fatores ambientais, nomeadamente o ambiente sociofamiliar, no agravamento ou proteção relativamente às queixas de PHDA, raramente são a causa primária do seu surgimento.
A investigação deixa claro que a disfunção cerebral da PHDA envolve importantes áreas neurocognitivas (função executiva, memórias de trabalho, linguagem, atenção e controle motor), prejudicando o funcionamento académico, familiar, ocupacional e social.
A PHDA raramente cursa isolada, associando-se frequentemente a comorbilidades (dificuldades específicas de aprendizagem, perturbação de oposição, da conduta, da linguagem, do humor, de ansiedade, etc.), com relevância em termos de orientação diagnóstica e terapêutica.
Múltiplos estudos de seguimento mostram que em indivíduos com PHDA há taxas muito superiores de retenção e abandono escolar. Como adultos, apresentam taxas de produtividade muito inferiores e mais problemas no emprego e na família. Participam mais em atividades antissociais, consomem mais drogas ilícitas, são mais propensos a gravidez na adolescência, doenças sexualmente transmissíveis, múltiplos acidentes de viação, depressão, transtornos de personalidade e criminalidade.
Uma abordagem não farmacológica isolada, está recomendada para a PHDA em crianças pré-escolares ou nas situações mais ligeiras. Em situações moderadas ou graves, com grande impacto no funcionamento, desempenho e autoestima da criança, após uma adequada avaliação por equipa interdisciplinar, é recomendada a medicação em associação com medidas não farmacológicas. Apesar de esta ser a regra geral, a decisão deve ser sempre tomada caso a caso. O inicio de medicação é sempre decidido pelos pais, depois de devidamente informados e a sua continuidade dependerá dos ganhos obtidos e dos eventuais efeitos secundários.
O metilfenidato (MPH) é o fármaco de 1ª linha no tratamento da PHDA, de acordo com todas as “guidelines” internacionais, com efeitos positivos muito claros na redução da hiperatividade e impulsividade, no aumento das capacidades atencionais e cognitivas. De acordo com a nossa já longa experiência, o MPH veio melhorar significativamente a qualidade de vida de muitos milhares de crianças e adolescentes com PHDA e respectivas famílias, nos últimos 26 anos.
Com mais de meio século de utilização regular em todo o mundo, o MPH é o psicoestimulante mais estudado e mais utilizado na criança, com um nível de eficácia próximo dos 80% e padrões de segurança ímpares no contexto dos psicofármacos. Atualmente está disponível em Portugal um segundo fármaco, não estimulante, a atomoxetina. O seu uso tem sido muito limitado pelo fato de só recentemente ter obtido comparticipação. Tem indicações clinicas precisas, como fármaco de 2ª linha, concretamente no insucesso ou contraindicações ao MPH.
Várias razões, algumas bem óbvias, estão subjacentes a um aumento enorme do uso de MPH nos últimos 10 anos e a um previsível crescimento do uso deste fármaco nos próximos anos:
  1. A PHDA é uma patologia altamente prevalente e a sensibilidade para o problema, por parte de pais, professores, médicos de família, pediatras, pedopsiquiatras, neuropediatras e da sociedade em geral, tem aumentado significativamente.
  2. O nível da exigência e competitividade do ensino é hoje consideravelmente superior ao de há alguns anos (em contraste com uma redução dos apoios educativos).
  3. O MPH tem grande eficácia, com excelente tolerância e só está disponível em Portugal desde há menos de 12 anos (final de 2003).
  4. O número de consultas especializadas em Portugal, aumentou exponencialmente na última década, provavelmente mais do que a prescrição de MPH. Inicialmente apenas os serviços de neuropediatria ou pediatria dos grandes centros, importavam o MPH diretamente. Com a introdução do fármaco no mercado e a adesão dos serviços de pedopsiquiatria, inicialmente renitentes à terapêutica com psicoestimulantes, pela criação de consultas de neurodesenvolvimento em todos os serviços de pediatria, com a disseminação de centros de desenvolvimento privados por todo o País, “democratizou-se” e generalizou-se a nível nacional, o acesso de crianças com PHDA a serviços especializados.
  5. O aumento previsível nos próximos anos do uso por crianças e jovens do sexo feminino. Tradicionalmente a ênfase e a justificação para o uso do MPH, residia nos comportamentos disruptivos e nos seus efeitos no funcionamento da sala de aulas. Cada vez mais se conclui que o défice de atenção é o problema com mais impacto na progressão escolar e as raparigas, por serem essencialmente desatentas, têm sido alvo de subdiagnóstico, situação que está gradualmente a ser corrigida.
  6. Só recentemente o MPH foi aprovado para uso nos adultos e só agora começam a surgir nalguns serviços de psiquiatria, consultas de hiperatividade para adultos, ainda de forma muito residual, sendo espectável um aumento de prescrição nesta faixa etária.
Desta forma, o aumento significativo verificado na utilização de MPH na população portuguesa está na sua maioria justificado. Pelas razões expostas e pela transposição para o nosso País dos dados de prevalência internacionalmente aceites, uma grande percentagem de crianças e jovens com PHDA continuam sem encaminhamento para os serviços adequados. Sendo assim, será previsível uma continuação do crescimento da prescrição de fármacos para a PHDA. A monitorização cuidada da utilização de psicofármacos em geral e psicoestimulantes em particular é de grande importância e deve ter como alvo principal o comércio pela internet. Às consultas especializadas nesta patologia, particularmente no âmbito das consultas de neurodesenvolvimento dos serviços de pediatria, devem ser garantidas as condições técnicas necessárias. Equipas interdisciplinares incluindo médico, psicólogo, técnico superior de educação e assistente social, assegurando um diagnóstico e uma avaliação adequadas, podem dar um importante contributo para a redução ao mínimo da margem de erros e de eventuais excessos.
José Boavida Fernandes
Pediatra do Neurodesenvolvimento
Responsável da Consulta de Hiperatividade do Centro de Desenvolvimento do Hospital Pediátrico, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
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