quinta-feira, 9 de julho de 2015

Problemas da fala com deteção tardia

Alterações de linguagem podem levar a problemas de comportamento e de aprendizagem nas criança


Crianças que não produzem determinados sons da língua materna ou que, já no Ensino Básico, não associam sons aos respetivos grafemas – estes são problemas comuns a muitas crianças, mas nem sempre os vários tipos de alterações da fala e da linguagem são detetados tão precocemente como o desejável. "O ideal é que estas alterações sejam detetadas o mais cedo possível, preferencialmente até aos quatro anos de idade, para que estes obstáculos sejam ultrapassados antes da fase da aquisição da leitura e escrita", explica Marília Garcia, terapeuta da fala. "Alterações de linguagem e da fala em crianças pequenas podem ter um grande impacto na sua vida, uma vez que apresentam mais dificuldades em compreender as pessoas e expressar vontades, além de que pode conduzir a problemas comportamentais e de aprendizagem", esclarece, adiantando que "também o desenvolvimento das competências de leitura e escrita depende em grande parte do desenvolvimento  da linguagem". É também claramente notório que o trabalho realizado com as crianças mais novas apresenta melhores resultados e evolui a um ritmo mais rápido do que com as crianças mais velhas, que já possuem os hábitos incorretos mais interiorizados e acomodados há mais tempo. Porém, o diagnóstico chega muitas vezes tarde e apenas por acaso. "Normalmente, quem deteta alguma dificuldade das crianças são os educadores, professores ou mesmo alguns pediatras, que depois aconselham os pais ou encarregados de educação a procurar um terapeuta da fala", relata a especialista. Mas, de acordo com Marília Garcia, "o ideal seria que, todos os anos letivos, o jardim de infância ou a escola pedisse estes rastreios a todas as crianças"

Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/

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