A pessoa que tem dificuldade de aprendizagem sofre pela desvalorização e críticas que provém dos outros, pela subestimação que sente por não conseguir cumprir com aquilo que espera de si mesma, e com o que os outros esperam, principalmente no ambiente familiar. O fracasso na aprendizagem toca tanto o ser íntimo, como o social, justamente pelo lugar que tem o sucesso social no nosso mundo.
Podemos dizer que o baixo rendimento escolar se converte em sinónimo de fracasso na vida. Nas sociedades ocidentais o sucesso, o dinheiro, a posse de bens e o poder que se desprende de tudo isso, representam o ponto mais alto dos valores que cada um sonha em possuir.
Desta forma, triunfar na escola constitui uma perspectiva de conseguir mais adiante uma boa situação. O baixo rendimento escolar pressupõe a renuncia a tudo isso. Os problemas específicos de aprendizagem expressam-se de diferentes formas e afetam distintas competências, é muito difícil observar as dificuldades de maneira isolada. É imprescindível ressaltar que, na realidade, as dificuldades podem surgir em mais de uma das áreas estudadas ou um sintoma pode ser devido a mais do que uma causa. Neste caso, a análise de cada situação individual permitirá um trabalho mais efetivo.
Estratégias em sala de aula
– Sentar a criança numa área silenciosa.
– Sentar a criança perto de alguém que seja um bom modelo a seguir.
– Sentá-la próximo de algum colega que possa apoiá-la na sua aprendizagem.
– Orientar a atenção da criança para a tarefa que será iniciada. É importante ajudá-la a descobrir e selecionar a informação mais importante, organizá-la e sistematizá-la.
– As rotinas de trabalho devem ser claras. Devem ser evitadas, na medida do possível, variações imprevistas.
– Não é conveniente fazer atividades com limites de tempo. Isto pode favorecer condutas impulsivas.
– Permitir um tempo extra para completar os trabalhos.
– Encurtar períodos de trabalho de modo a coincidirem com seus períodos de atenção.
– Dividir os trabalhos que lhes sejam dados em partes menores de modo que elas possam completá-lo.
– Dar assistência à criança para que ela se coloque metas a curto prazo.
– Entregar os trabalhos um de cada vez.
– Exigir delas menos respostas corretas que do restante da turma.
– Reduzir a quantidade de trabalhos de casa.
– Dar instruções tanto orais como escritas.
– Tentar envolver a criança na apresentação dos temas.
– Estabelecer sinais secretos entre a criança e o professor para poder fazê-lo notar quando está a começar de se distrair.
– É importante que estas crianças estejam em ambientes de trabalho motivantes, com tarefas que sejam significativas para elas. Deve-se atrair o seu interesse e apresentar-lhes tarefas que sejam desafiantes. Existia a crença que seria conveniente que estivessem em ambientes de trabalhos com poucos estímulos porque tudo lhes chama à atenção; no entanto, agora sabe-se que é importante proporcionar-lhes uma estimulação adequada, num ambiente que seja estimulante para estas crianças que tem défice de atenção.
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