“Jornada para o Leste”, ilustração de Catrin Welz-Stein.
Há muito tempo, os contos de fadas encantam crianças e adultos. Por que será que mesmo com todas as transformações que aconteceram de geração em geração essas histórias não perderam a sua importância? O que as faz tão interessantes para as crianças?
A nova série de posts do Toda Criança Pode Aprender explorará como os contos de fadas podem ajudar no desenvolvimento emocional infantil. Nas narrativas, as personagens principais são quase sempre heróis e heroínas que precisam de superar obstáculos para alcançar a sua realização. Os perigos e decepções que acontecem durante a trajetória são determinantes para que o protagonista cresça, torne-se mais forte e aprenda mais sobre si e sobre a vida.
Ao entrarem em contato com as histórias, as crianças encontram personagens e eventos com os quais se identificam e que as ajudam a compreender e nomear as vivências pelas quais estão passando. Assim, muitas das angústias infantis, como as relacionadas ao amadurecimento, à construção da própria identidade e ao lugar ocupado na família, podem ser elaboradas de modo lúdico, tornando-se menos assustadoras. Isso ocorre inclusive porque a criança não se sente tão no seu processo de crescimento: os contos contribuem para que perceba que os seus sentimentos e sensações são algo socialmente compartilhado.
As narrativas são muito ricas e cheias de símbolos que comportam mais de uma interpretação. Cada um vivenciará as histórias a partir de um olhar. Não pretendemos esgotar essas compreensões, mas sim apresentar alguns olhares possíveis ao longo desta nova série de posts. Para isso, usaremos como referência as análises presentes nos livros “A psicanálise dos contos de fada”, do psicanalista Bruno Bettelheim, e “Fadas no Divã”, de Diana Lichtenstein Corso e Mário Corso.
Convidamo-lo a mergulhar conosco nesse encantador mundo de histórias, criaturas mágicas, aventuras e aprendizagens!
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