Famílias carenciadas estão a ficar com o subsídio de ensino
especial para pagar despesas básicas. Há terapeutas sem receber e crianças que
já deixaram de ser acompanhadas.
Luís recebeu o subsídio de educação
especial do filho e usou-o para pagar a renda em atraso. Pediu desculpas e
acordou um plano de pagamentos com a clínica onde a criança é tratada.
Maria garantiu, durante semanas, que ainda não tinha recebido da Segurança
Social e quando percebeu que não podia negar mais desapareceu do mapa. Catarina
confessou ter gasto parte do apoio, prometeu dar o que sobrou ao
centro e acabar de pagar a dívida em prestações. Mas depois da promessa, deixou
de atender o telemóvel. Os nomes são fictícios, mas os casos, relatados
por terapeutas e psicólogos ao Observador, são bem reais e ilustram um
problema, também ele real.
Este ano letivo, a Segurança Social
passou a pagar o subsídio por frequência de estabelecimento de educação
especial diretamente às famílias, mesmo àquelas que pediram para o dinheiro
continuar a ser depositado na conta das instituições, tal como antes acontecia.
Como isso não aconteceu, muitas dessas famílias, carenciadas, acabaram a usar
as verbas para pagar outras despesas. Clínicas e terapeutas ficam sem receber e
já começaram a deixar de seguir crianças com dificuldades de aprendizagem. (...)
Para ler a notícia na íntegra, clique no link abaixo:
In Observador
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